PRIO (PRIO3): a sinalização da petroleira aos acionistas com o aumento de capital de R$ 2 bi

Para analistas, anúncio sublinha a intenção frequentemente declarada da PRIO de dar prioridade ao seu crescimento em detrimento da distribuição de lucros aos acionistas sob a forma de dividendos

Felipe Moreira

Publicidade

A petrolífera PRIO (PRIO3) anunciou na noite da última quarta-feira (28) um aumento de capital de R$ 2 bilhões por meio da capitalização de recursos destinados à reserva estatutária de lucros. O aumento de capital será realizado sem distribuição de novas ações ou alteração do número de ações de emissão da companhia.

De acordo com a empresa, o objetivo da operação é apoiar despesas de capital orgânicas (reformulação de ativos em produção e financiar perfurações e atividades submarinas de ativos em fase de desenvolvimento), bem como financiar potenciais oportunidades de crescimento.

O aumento de capital é uma operação contábil que não implicará a emissão de novas ações, significando uma reorganização sem consequências financeiras ou econômicas. Por sua vez, o JPMorgan comenta que alteração reduz a pressão para pagar dividendos caso a reserva atinja seu limite e permite que a Diretoria Executiva utilize os fundos a seu critério.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Além disso, o JPMorgan destaca que, em 9 de fevereiro, a PRIO também anunciou a aprovação da emissão de debêntures de infraestrutura no valor total de R$ 2 bilhões, sujeitas a uma oferta pública, apesar da alavancagem atual de 0,9 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda (ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações). Essas iniciativas, na opinião do banco, proporcionam flexibilidade para a PRIO buscar oportunidades de crescimento mais significativas, conforme afirmado pelo CEO e Presidente da empresa no Dia do Investidor e na teleconferência de resultados do 3T23.

O Itaú BBA, por sua vez, avalia que o anúncio sublinha a intenção frequentemente declarada da PRIO de dar prioridade ao seu crescimento em detrimento da distribuição de lucros aos acionistas sob a forma de dividendos.

Embora não possa se descartar a possibilidade da empresa equilibrar o seu plano de crescimento com a remuneração aos acionistas em 2024, analistas do BBA acreditam que o anúncio poderia decepcionar um pouco os investidores que esperavam que a empresa estivesse mais aberta ao pagamento de dividendos no curto prazo.

Continua depois da publicidade

O Itaú BBA e o JPMorgan mantêm recomendação de compra com ou equivalente para a ação, com preço-alvo de, respectivamente, R$ 58 e R$ 63.