PRIO, Brava ou PetroRecôncavo? A ação de petroleira preferida do BBA para 2026

Os analistas da casa mantêm PRIO como principal escolha entre as produtoras de petróleo

Lara Rizério

Campo de Frade (Reprodução: PRIO)
Campo de Frade (Reprodução: PRIO)

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O Itaú BBA revisou as suas estimativas para as produtoras independentes de petróleo e gás da sua cobertura, especializadas na recuperação de campos maduros, com recomendações de “compra” para PRIO (PRIO3; preço-alvo de R$ 50 ao fim de 2026) e Brava Energia (BRAV3; preço-alvo de R$ 17 ao fim de 2026), e recomendação neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para PetroReconcavo (RECV3; preço-alvo de R$ 13 ao término de 2026).

O banco enxerga valorizações consideráveis para todas as empresas em relação ao preço de fechamento da última quarta-feira (10), de 26% para PRIO, 24% para a Brava Energia e de 15% para PetroReconcavo.

O BBA também atualizou as suas premissas macroeconômicas, incluindo uma revisão para baixo da projeção de longo prazo para o preço do petróleo, de US$ 65/barril para US$ 60/barril, o que pressiona as estimativas de resultados para as produtoras de petróleo.

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Os analistas da casa mantêm PRIO como principal escolha entre as produtoras de petróleo, diante de sua maior resiliência ao novo patamar de preços de petróleo e maior geração de caixa nesse ambiente desafiador.

Veja abaixo as teses de investimentos nas petroleiras:

PRIO (PRIO3)

O banco mantém recomendação de “compra” para a PRIO e cortou o preço-alvo de R$ 62 para 2025 para R$ 50 por ativo ao final de 2026.

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A estimativa é de produção da PRIO em 187 mil barris de petróleo por dia (kbpd) em 2026, 204 kbpd em 2027 e 200 kbpd em 2028, considerando o primeiro óleo de Wahoo em abril de 2026 e o fechamento da participação remanescente em Peregrino em junho de 2026.

Mesmo sob a nova projeção de preço do petróleo de US$ 60/barril, a PRIO continua sendo uma forte geradora de caixa, enquanto mantêm sua resiliência em um ambiente de preços mais baixos.

“Isso sustenta nossa recomendação de compra para a empresa neste momento, reforçando a PRIO como nossa principal escolha entre as produtoras independentes de petróleo”, avalia.

Brava Energia (BRAV3)

O banco também cortou o preço-alvo de Brava, de R$ 28 por ação no fim de 2025 para R$ 17 por ativo para o fim de 2026, reiterando recomendação de “compra”. A estimativa é de produção em 89 kboed em 2026 e 95 kboed em 2027.

A Brava apresentou melhorias relevantes na eficiência operacional de suas plataformas offshore, avalia o BBA, com produção atingindo 92 kboed no terceiro trimestre e redução do “lifting cost” (custo de extração do barril), além de avanços na gestão de passivos.

O banco reconhece que 2026 pode ser um ano desafiador, dado o crescimento limitado da produção até a conclusão das campanhas de perfuração offshore e os impactos incertos da redução dos investimentos onshore.

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A recomendação se sustenta com base em uma forte geração de caixa para o acionista no médio prazo, considerando a continuidade da trajetória de desalavancagem. “Ainda assim, reconhecemos que o curto prazo tem desafios, especialmente em um cenário de preços mais baixos do petróleo”, avalia.

PetroReconcavo (RECV3)

Os analistas da casa seguem com recomendação neutra e atualizaram o preço-alvo para o final de 2026 em R$ 13/ação (ante R$ 17/ação que tinham para o final de 2025).

Além disso, revisou as estimativas de produção da PetroReconcavo para 27 kboed em 2026, 26 kboed em 2027 e 27 kboed em 2028, refletindo, principalmente, uma visão mais conservadora para o crescimento da produção no ativo da Bahia.

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“A visibilidade limitada sobre o crescimento da produção no curto prazo, combinada com o ritmo de execução de investimentos, nos leva a permanecer cautelosos diante do sentimento baixista em relação aos preços do petróleo”, aponta a equipe de análise.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.