Principais bolsas latino-americanas sobem, contrariando EUA

Conteúdo do Portal InfoMoney – Editoria Mercados

Por  Equipe InfoMoney

As principais bolsas latino-americanas fecharam em alta nesta quinta-feira, apesar da queda dos índices norte-americanos, que tendem a influenciar o desempenho dos mercado da América Latina. O Nasdaq Composite encerrou o pregão em ligeira baixa de 1,06%, enquanto o Dow Jones Industrial fechou estável. As maiores economias da América Latina (Brasil, Argentina e México) foram positivamente influenciadas pela divulgação do Leading Indicators, que é um relatório que compreende vários índices econômicos já anunciados, como pedidos de auxílio-desemprego, custo de mão-de-obra, permissões para construção e etc. O índice referente ao mês de janeiro registrou um crescimento de 0,8%, acima dos 0,4% esperado pelo mercado, indicando que a economia norte-americana está um pouco mais distante do quadro recessivo.

O índice Merval da Bolsa de Buenos Aires fechou em alta de 2,12%, apesar da divulgação da produção industrial referente ao mês de janeiro, que registrou uma queda de 6,4%, em relação ao mês anterior. Em dezembro, a produção industrial aumentou 7,1%, em relação a novembro. Hoje, a Merrill Lynch rebaixou a recomendação quanto aos papéis da dívida Argentina devido à crise financeira da Turquia, que deixou a situação da Argentina mais vulnerável no curto prazo. A Argentina e a Turquia são os países que receberam mais recentemente pacotes de ajuda do FMI. Além disso, ambos adotavam um sistema de câmbio fixo, já que ontem à noite a Turquia realizou uma modificação no regime cambial liberando a moeda, que registrou uma queda de 42% frente ao dólar.
Os destaques positivos foram os papéis da Acindar (+6,22%), da fabricante de automóveis Renault Argentina (+4,59%), da Telecom Argentina (+4,02%) e da Perez Companc (+3,87%). Por outro lado, a Garovaglio y Zorraquin (-10,00%), a Pecon Energy (-4,53%) e o banco BSCH (-1,97%) registraram as maiores altas entre os componentes do índice Merval.

O índice IPC da Bolsa do México encerrou o pregão em alta de 0,38%, beneficiado pela divulgação do índice econômico ponderado dos Estados Unidos, que é o maior parceiro comercial do México. As altas mais significativas foram para as ações da Hylsamex (+10,71%), da Televizion Azteca (+4,09%) e da Sociedad de Fomento Industrial (+4,05%). O Grupo Televisa, que divulgou fracos resultados do quarto trimestre no início da semana, teve sua recomendação rebaixada pelos bancos Deutsche Bank e ING e fechou em forte queda de 4,06%. Outros destaques de baixa foram os papéis do Grupo México (-4,92%), da Vitro (-4,26%) e do Grupo Carso (-3,86%).

Em Bogotá, o índice IBB fechou em baixa de 0,55%, contrariando a tendência das principais bolsas da América Latina. Hoje, as três bolsas de valores que operam na Colômbia (Bogotá, Medellín e Occidente) se reuniram para dar início as negociações sobre a criação de uma única bolsa de valores, que, por enquanto, é chamada de Bolsa de Bogotá. A medida visa concentrar em um único centro financeiro as operações com ações e papéis de renda fixa do país.












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Outros mercados: Brasil Ibovespa +2,03%
Peru ISBVL-0,98%
Chile IPSA -0,08%
Venezuela IBVC-0,31%

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