Presidente do Irã diz que país pode superar eventual retorno de sanções

O Conselho de Segurança da ONU votou para não suspender permanentemente as sanções contra Teerã

Reuters

Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, fala durante reunião em Ilam, Irã, em 12 de junho de 2025. Site presidencial do Irã/WANA (Agência de Notícias da Ásia Ocidental)/Imagem cedida via REUTERS
Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, fala durante reunião em Ilam, Irã, em 12 de junho de 2025. Site presidencial do Irã/WANA (Agência de Notícias da Ásia Ocidental)/Imagem cedida via REUTERS

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O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse neste sábado que o país superaria qualquer reimposição de sanções por meio do chamado processo “snapback”, depois que o Conselho de Segurança da ONU votou para não suspender permanentemente as sanções contra Teerã.

“Por meio do ‘snapback’, eles bloqueiam a estrada, mas são os cérebros e os pensamentos que abrem ou constroem a estrada”, disse Pezeshkian em comentários transmitidos pela televisão estatal.

“Eles não podem nos deter. Eles podem atacar nossa Natanz ou Fordow (instalações nucleares atacadas pelos EUA e Israel em junho), mas não sabem que foram os humanos que construíram e reconstruirão Natanz”, disse Pezeshkian.

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A medida do Conselho de Segurança foi tomada na sexta-feira, depois que Reino Unido, França e Alemanha lançaram um processo de 30 dias no mês passado para reimpor as sanções, acusando Teerã de não cumprir um acordo de 2015 com as potências mundiais com o objetivo de impedir que o país desenvolva uma arma nuclear.

O Irã nega ter qualquer intenção nesse sentido.

“Nunca nos renderemos diante de exigências excessivas, porque temos o poder de mudar a situação”, disse Pezeshkian, segundo a mídia estatal.

O processo “snapback” reimporia as sanções da ONU sobre o Irã, a menos que se chegue a um acordo sobre um adiamento entre Teerã e as principais potências europeias em cerca de uma semana.

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã advertiu separadamente no sábado que a cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica seria “efetivamente suspensa” se as sanções da ONU fossem restabelecidas.