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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reiterou nesta sexta-feira, 17, que a autoridade monetária está “agudamente focada” em retornar a inflação dos Estados Unidos à meta de 2%. O dirigente discursou na abertura da conferência sobre a dominância global do dólar, em Washington D.C.
Durante o pronunciamento, Powell ressaltou que o “forte compromisso” do Fed com a estabilidade de preços contribui para a generalizada confiança no dólar como reserva de valor.
Segundo ele, o comprometimento do BC americano com o mandato duplo e com a estabilidade financeira encoraja a comunidade internacional a manter e usar a moeda dos EUA.
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Benefícios da dominância global do dólar
Powell avaliou que a dominância global do dólar traz uma série de benefícios para os Estados Unidos e a comunidade internacional, mas ponderou que a centralidade da moeda pode impor alguns “desafios à estabilidade financeira”.
Na abertura de conferência sobre o tema, ele explicou que o amplo uso da divisa americana no mundo reduz taxas de transações e custos de empréstimos para famílias, empresas e governo do país. Para o restante do planeta, o cenário fornece a tomadores de empréstimos acesso a um grande conjunto de credores e investidores, de acordo com ele.
Por outro lado, o dirigente explica que a hegemonia do dólar também ameaça a estabilidade do setor financeiro. “Por essa razão, o Federal Reserve tem desempenhado um papel fundamental na promoção da estabilidade financeira e no apoio ao uso de dólares internacionalmente por meio de nossas linhas de liquidez”, afirmou, citando as linhas de swaps com outros BCs instituídas durante as crises financeira de 2008 e da pandemia.
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CBDC
O presidente do Fed disse ainda que a autoridade monetária estuda as maneiras como uma moeda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês) poderia melhorar, ou não, o “já seguro e eficiente” sistema de pagamentos dos Estados Unidos.
Powell ressaltou que a CBDC pode ajudar a preservar o papel internacional da divisa norte-americana. “Pensaremos não apenas no estado atual do mundo, mas também em como o sistema financeiro global pode evoluir nos próximos 5 a 10 anos”, salientou.
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