Presidente da Petrobras se reúne com Adnoc sobre Braskem e ações BRKM5 fecham em alta

A Petrobras é sócia da Novonor na Braskem e, assim como a Adnoc, está fazendo uma due dilligence na petroquímica, para decidir se permanece ou não na companhia

Equipe InfoMoney

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No fim da sua viagem iniciada na Índia em 6 de fevereiro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou em uma rede social que se reuniu em Abu Dhabi com o ministro da Indústria e Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos, presidente da COP28 e também CEO da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), empresa interessada em entrar no capital da Braskem (BRKM5). Com isso, as ações BRKM5 chegaram a subir quase 5% na máxima do dia na sessão desta quinta-feira (15) , amenizaram, mas ainda assim fecharam com ganhos de 2,05%, a R$ 17,45.

O executivo aproveitou o carnaval para emendar um evento na Índia sobre transição energética no setor de petróleo (India Energy Week) com viagens a países do Oriente Médio – Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes – para conversar sobre negócios em andamento, como a Refinaria de Mataripe, na Bahia, vendida no governo Bolsonaro para o fundo de investimentos árabe Mubadala, e onde Prates já manifestou intenção de voltar a ter uma participação.

Em Abu Dhabi, o encontro teve como tema Braskem, além de outras oportunidades em gás offshore, refino e outras chances em petroquímica.

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A Petrobras é sócia da Novonor na Braskem e, assim como a Adnoc, está fazendo uma due dilligence na petroquímica, para decidir se permanece ou não na companhia.

A Novonor controla a Braskem, com 50,1% do capital ordinário, e a Petrobras tem 47%. A estatal tem direito de preferência na compra da participação da Novonor e tem manifestado interesse em aumentar seu posicionamento no setor petroquímico.

Prates, porém, já afirmou que o setor não se limita à Braskem, mas ainda não decidiu se vai ficar na empresa. Segundo ele, são necessárias várias reuniões porque o assunto é extremamente complexo.

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“A visita aos países do Golfo Arábico termina pelo Qatar nos próximos dois dias, quando nos encontraremos com nossa congênere Qatar Energy (antes QGPC e QPC) além de visitar um dos maiores terminais de GNL do mundo”, disse Prates nas redes sociais.

Na visão do Bradesco BBI, apesar dos esforços recentes da Adnoc para concluir a due diligence na petroquímica, uma possível oferta poderá ser adiada devido à CPI da Braskem, o que ajudará a avaliar com mais detalhes se as provisões da petroquímica precisarão ser aumentadas após o caso do afundamento do solo na cidade de Maceió, em Alagoas.

(com Estadão Conteúdo)