Preocupados com a Rússia, Casa Branca e G7 vão publicar orientações sobre evasão de sanções com criptomoedas

Tesouro do Estados Unidos monitora se oligarcas do país estão usando ativos digitais para contornar ou violar as medidas impostas

CoinDesk

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A Casa Branca e o G7 anunciaram novas sanções contra a Rússia nesta sexta-feira (11) como parte de um esforço contínuo para impedir o país de continuar sua invasão da Ucrânia. Pela primeira vez, essas medidas incluirão orientações específicas para criptomoedas.

A possibilidade de os oligarcas russos ou o governo usarem criptomoedas para evitar o impacto financeiro imposto por um amplo regime de sanções deixou legisladores dos Estados Unidos e autoridades europeias preocupados nos últimos dias. Membros do Departamento do Tesouro dos EUA e participantes do setor, no entanto, disseram que é improvável que isso aconteça.

O anúncio de sexta-feira da Casa Branca parece ter se concentrado mais em reiterar às empresas de criptomoedas que elas devem cumprir as sanções do que nas punições em si.

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“O Departamento do Tesouro, por meio de suas novas orientações, continuará deixando claro que as ações expansivas do Tesouro contra a Rússia exigem que todos os americanos cumpram os regulamentos das sanções. Essas regras valem tanto para transações com moeda fiduciária tradicional como para transações com moeda virtual”, disse a Casa Branca no comunicado divulgado nesta sexta.

“O Tesouro está monitorando de perto quaisquer esforços para contornar ou violar as sanções relacionadas à Rússia, inclusive por meio do uso de moeda virtual, e está comprometido em usar suas amplas autoridades de fiscalização para agir contra violações e promover o compliance”.

Os porta-vozes do Tesouro não retornaram imediatamente um pedido de comentário sobre o que a orientação dirá ou quando será publicada.

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O peso do G7

Uma declaração conjunta do G7 também publicada pela Casa Branca especificou que essa orientação terá como alvo o governo russo e seus representantes, além dos oligarcas que já estão em várias listas de sanções.

“Nos comprometemos a tomar medidas para melhor detectar e interditar qualquer atividade ilícita, e vamos impor custos aos russos que ilicitamente usam ativos digitais para elevar e transferir suas riquezas, conforme nossos processos nacionais”, afirmou o comunicado conjunto.

Ari Redbord, chefe de assuntos jurídicos e governamentais da startup de inteligência em blockchain TRM Labs, disse ao CoinDesk no início desta semana que a criptomoeda pode não servir bem como uma ferramenta de fuga de sanções por vários motivos, incluindo preocupações com liquidez.

“É difícil (movimentar bilhões de dólares em criptomoedas)”, observou Redbord. É possível que alguns oligarcas se voltem para a criptomoeda, mas essa pode não ser sua primeira escolha. Redbord, que estava no Departamento do Tesouro dos EUA antes de ingressar na TRM, disse ainda que a criptomoeda até poderia ser usada para evitar sanções, mas que os oligarcas já têm um conjunto complexo de ferramentas, incluindo o uso de empresas de fachada e compra de arte de alta qualidade, e podem recorrer primeiro a elas para preservar riqueza.

Um alto funcionário do governo também disse durante uma coletiva de imprensa que não via a criptomoeda como uma “solução viável” para o banco central russo ou sua economia.

A notícia desta sexta vem dias depois de senadora norte-americana Elizabeth Warren anunciar que está elaborando um projeto de lei para impedir que os oligarcas russos ou o presidente Vladimir Putin usem criptomoedas para evitar sanções. Elizabeth vem tentando reprimir essa potencial atividade ilícita desde o início deste mês.

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