Premiê da Itália pede que o próximo governo mantenha suas reformas

Berlusconi declarou que vai disputar seu 5º mandato como primeiro-ministro, decisão que causou nervosismo e temores de que ele iria rever as medidas de austeridade adotadas por Monti

Reuters

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ROMA – O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, pediu nesta quinta-feira (13) que o próximo governo do país leve adiante sua agenda de reformas econômicas e disse que as próximas eleições devem conduzir a uma administração pró-europeia.

Em declarações em Bruxelas, Monti se recusou a comentar a oferta do ex-premiê Silvio Berlusconi de retirar a sua candidatura na próxima eleição, se ele concordar em chefiar uma coalizão de centro-direita.

Berlusconi declarou que vai disputar seu quinto mandato como primeiro-ministro, uma decisão que causou nervosismo nos mercados internacionais e temores de que ele iria rever as medidas de austeridade adotadas por Monti.

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Mas Berlusconi, conhecido por mudar de ideia com frequência, surpreendeu novamente na quarta-feira, ao declarar durante o lançamento de um livro que deixaria de lado os planos de disputar a eleição se Monti, a quem ele atacou ferozmente nos últimos dias, concordar em liderar a centro-direita em seu lugar.

Questionado sobre o comentário de Berlusconi, Monti disse que não era o momento nem o lugar para responder e se comprometeu a liderar o governo no breve tempo que resta antes da aprovação do orçamento de 2013, para depois renunciar – provavelmente antes do Natal. Ele estava participando de uma cúpula de líderes da União Europeia em Bruxelas.

Monti disse que as eleições, marcadas para fevereiro, depois que o partido de Berlusconi retirou seu apoio a ele no Parlamento, resultarão em um governo comprometido com a Europa.

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O anúncio de Berlusconi que iria concorrer na eleição elevou na segunda-feira o custo dos empréstimos da Itália.

A notícia também provocou alarme entre os líderes europeus, por receio da repetição do caos e escândalos no último governo de Berlusconi, que foi forçada a deixar o poder no auge da crise financeira do ano passado.