Prejuízo da Gafisa dobra no 3º tri; Minerva vê lucro subir 80% e mais 9 resultados no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quinta-feira (9)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Faltando menos de uma semana para terminar, a temporada de resultados corporativos do terceiro trimestre é o grande destaque da noite desta quinta-feira (9). Chamam atenção os números da Minerva, que viu seu lucro saltar 80%, enquanto a Cyrela reverteu um resultado positivo em 2016 para prejuízo entre julho e setembro deste ano. Confira os destaques:

Minerva (BEEF3)
A Minerva fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 85,8 milhões, uma alta de 80,9% ante os R$ 47,4 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da companhia avançou 34,9%, passando de R$ 2,53 bilhões para R$ 3,42 bilhões entre julho e setembro deste ano.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, fechou o terceiro trimestre em R$ 311,8 milhões, um avanço de 25,1% ante os mesmos meses de 2016.

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Ecorodovias (ECOR3)
A Ecorodovias registrou, no terceiro trimestre, lucro atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 125,3 milhões, alta de 86,8% sobre o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a melhora do resultado de deveu à redução de custos e de despesas.

Já a receita líquida avançou 9,5% no trimestre, para R$ 826,9 milhões, enquanto o Ebitda cresceu 18,5%, alcançando R$ 420 milhões, na base anual.

Cyrela (CYRE3)
A incorporadora Cyrela Brazil Realty fechou o terceiro trimestre de 2017 com prejuízo líquido de R$ 6,8 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 14,4 milhões apurado no mesmo período de 2016. Este é o segundo prejuízo seguido da companhia, que sofreu perda de R$ 140 milhões no segundo trimestre deste mesmo ano.

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A receita operacional líquida totalizou R$ 598 milhões, retração de 25,7%. O documento com a apresentação de resultados não trouxe informação sobre o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).

A Cyrela teve recuo na receita em função do menor volume de obras. Além disso, houve perda de rentabilidade devido à menor diluição dos custos fixos.

Gafisa (GFSA3)
O prejuízo líquido da Gafisa cresceu mais de 2 vezes no terceiro trimestre, passando para R$ 157,84 milhões ante o mesmo período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, caiu 40%, para R$ 160,36 milhões. Já a geração de caixa da empresa ficou em R$ 93 milhões entre julho e setembro.

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As despesas gerais e administrativas da Gafisa caíram 22%, para R$ 21,44 milhões. Já a equivalência patrimonial ficou negativa em R$ 67,05 milhões, ante o valor negativo de R$ 7,62 milhões um ano antes.

Tenda (TEND3)
A Tenda fechou o terceiro trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 30,7 milhões, crescimento de 33,3% frente ao mesmo período de 2016.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 48,7 milhões, crescimento de 27,4%. O dado ajustado desconsidera juros capitalizados e despesas não caixa com planos de ações.

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A receita operacional líquida foi de R$ 361,4 milhões, uma expansão de 33,6%.

A melhora do balanço da Tenda reflete o aumento das operações, com ganho de escala e produtividade. A margem bruta subiu 4,7 pontos porcentuais, para 39,8%. Também houve queda nas provisões de calotes e distratos em comparação com o segundo trimestre deste ano.

A Tenda lançou empreendimentos com valor geral de vendas (VGV) de R$ 488 milhões no terceiro trimestre, alta de 50,1% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas líquidas totalizaram R$ 385,3 milhões de julho a setembro, um aumento de 61,4% na mesma base de comparação.

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BR Insurance (BRIN3)
A BR Insurance fechou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 22,45 milhões, uma boa melhora em relação aos R$ 42,74 milhões registrados um ano antes. O Ebitda, por sua vez, saiu de um resultado negativo de R$ 43,56 milhões para perdas de R$ 19,52 milhões. Em comparação com um ano antes, a receita líquida da companhia recuou 28,6%, atingindo R$ 20,34 milhões entre julho e setembro de 2017.

Tecnisa (TCSA3)
O prejuízo líquido da Tecnisa cresceu 31,4% no terceiro trimestre, para R$ 142 milhões, na comparação com o mesmo período de 2016. A receita líquida da companhia, por sua vez, cresceu 143,9%, para R$ 12,49 milhões.

Segundo a companhia, as despesas financeiras cresceram com a realocação dos juros de dívidas atreladas a projetos entregues ou cujos custos foram remensurados. Já as receitas financeiras caíram com menor posição do caixa médio, com o aumento dos distratos e com menor contribuição dos indexadores para atualização monetária.

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CPFL Renováveis (CPRE3)
A CPFL Renováveis encerrou o terceiro trimestre com alta de 16% na receita líquida, para R$ 584,9 milhões, enquanto o Ebitda subiu 18%, a R$ 407,8 milhões, sobre o mesmo período do ano passado. O lucro líquido da companhia, por sua vez, ficou em R$ 94,9 milhões, o que representa um crescimento de 89%.

O desempenho positivo, segundo a empresa, é decorrente da entrada em operação gradual (de maio a dezembro de 2016) dos complexos eólicos Campo dos Ventos e São Benedito, que somam 231 MW de capacidade instalada, e do Complexo Pedra Cheirosa (48,3 MW), que iniciou a operação em junho, quase um ano antes da data prevista em contrato.

Contribuiu ainda para esse resultado a descontratação de 91,2 MW médios de energia do complexo eólico Macacos e dos parques eólicos Atlântica I, II e IV e Morro dos Ventos II.

Senior Solution (SNSL3)
A Senior Solution teve lucro caixa ajustado recorde de R$ 5,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma alta de 64,6% ante o mesmo período do ano passado. O Ebitda da companhia também foi recorde, subindo 158% em um ano e atingindo R$ 5,9 milhões. Já a receita, saltou 67,8% ante o período entre julho e setembro de 2016 e ficou em R$ 33,5 milhões.

De acordo com Bernardo Gomes, presidente da empresa, o principal marco nesse trimestre foi o Ebitda, que atingiu recorde com margem Ebitda de 17,7%, aumento de 6,2 pontos percentuais. “Este é o novo patamar de lucratividade da Companhia a partir do qual buscaremos avançar com as sinergias remanescentes da attps e provenientes de novas aquisições”, disse.

Eneva (ENEV3)
A elétrica Eneva registrou lucro líquido de R$ 56,9 milhões no terceiro trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 16,7 milhões no mesmo período de 2016. O Ebitda ajustado foi de R$ 371,3 milhões entre julho e setembro deste ano, alta de 16% em comparação aos mesmos meses do ano passado.

Fertilizantes Heringer (FHER3)
A Fertilizantes Heringer teve prejuízo de R$ 9,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo lucro de R$ 22,5 milhões em igual período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) diminuiu 82,6% na mesma comparação, para R$ 14,7 milhões. A receita líquida caiu 2%, para R$ 1,48 bilhão.

Os volumes entregues pela Heringer no terceiro trimestre somaram 1,36 milhão de toneladas, um aumento de 2,9% ante igual período de 2016. As entregas para as culturas de soja, café e cana-de-açúcar cresceram 3,7%, 2,1% e 23,9%, respectivamente. Já as entregas para a cultura de milho diminuíram 21,3%. Segundo a empresa, a queda do preço do grão ao longo de 2017 deve resultar em uma área menor de milho verão e redução do consumo de fertilizantes. O volume entregue de produtos especiais caiu 1,3% no terceiro trimestre, para 628 mil toneladas.

Para todo o ano de 2017, a Heringer prevê uma sazonalidade parecida com a dos últimos anos no mercado brasileiro de fertilizantes, com 39% do volume total sendo entregue no primeiro semestre e 61% no segundo trimestre. A estimativa é de que o consumo brasileiro de fertilizantes em 2017 fique estável em relação a 2016, em aproximadamente 34 milhões de toneladas.

(Com Agência Estado)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.