Preços da habitação sobem 0,42%, marcando maior alta desde novembro de 2006

Saúde, com variação de 0,62%, teve maior avanço desde novembro de 2007. Dados são da 2º semana de março do IPC-Fipe

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – Os grupos Habitação e Saúde tiveram, no período de 30 dias encerrado na segunda semana de março, variações de 0,42% e 0,62%, respectivamente, marcando as maiores altas nos preços médios desde a primeira quadrissemana de novembro de 2006 e desde a terceira quadrissemana de novembro de 2007, ainda nessa mesma ordem.

Os dados fazem parte do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgado nesta quarta-feira (29). “O comportamento foi motivado basicamente pelo impacto ainda presente do IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano], da tarifa de energia elétrica e também pelo aumento nos preços dos remédios”, explicou Márcio Nakane, coordenador do levantamento.

Reajuste

No âmbito do IPC-Fipe, o IPTU variou 3,36%, a conta de luz, 1,5%; e os remédios 1,07%. O economista explicou que como o imposto começou a vencer no mês passado na cidade de São Paulo, seu reflexo ainda é grande no orçamento das famílias. Além disso, todos os meses a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autoriza o repasse que as distribuidoras de energia podem fazer dos gastos com Pis/Pasep e Confis.

Continua depois da publicidade

Já no caso dos medicamentos a situação é outra: na semana passada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou um reajuste máximo de 4,61% para 20 mil fórmulas, que será empregado a partir de 31 de março.

Contudo, Nakane explicou que antes desse período de renovação dos preços, farmácias e drogarias recalculam os valores desses mesmos remédios. “Isso porque o reajuste permitido especifica um teto. Então aquela farmácia pode não ter empregado todo o teto no ano anterior, e acaba com essa diferença nos últimos dias antes do novo reajuste”, justificou.

Despesas diversas

O grupo Despesas diversas também teve seu destaque. No intervalo de duas pesquisas, sua variação passou de 0,05% para 0,23%. Os motivadores desse comportamento, explicou Nakane, foram os encarecimentos na cerveja (1,40%), no condicionador (3,07%), manicure (0,71%) e barbeiro (2,18%).

De maneira geral, o IPC-Fipe ficou em 0,23%.