Possível alta de preços da Ambev é notícia positiva para ação e mitiga ventos contrários para 2022, dizem analistas

Analistas do BBI reiteraram otimismo com a ação, destacando perspectiva de redução de custos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Uma notícia da Folha de S. Paulo ajudou a animar os analistas com a ação da Ambev (ABEV3), ainda que as ações tenham diminuído o ímpeto e registrem apenas leve alta no início da tarde desta quarta-feira (29).

O ativo ABEV3, da dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, registra alta de 0,39%, a R$ 15,50, às 12h45 (horário de Brasília), após chegar a subir 2,20% na máxima do dia.

Segundo apurou a reportagem com donos de restaurantes em São Paulo, a partir de sexta-feira (1) haverá aumento de 5% a 6% em chope e cervejas, incluindo embalagens descartáveis. Outros comunicados aos quais a reportagem teve acesso falam de repasses desde esta segunda (27) ou a partir de sábado (2).

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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) confirmou o aumento de preços e afirma que o reajuste deve vir alinhado com a inflação acumulada nos último 12 meses, em torno de 10%.

Segundo o Credit Suisse, a notícia é positiva, apoiando o poder de precificação da indústria para mitigar os ventos contrários para 2022. “Os preços variam entre canais, marcas, pacotes e regiões, observando a abordagem mais flexível da Ambev em seu lançamento”, reforçam os analistas.

O Bradesco BBI também destacou a notícia como positiva para as ações da Ambev, para a qual a casa possui preço-alvo de R$ 21 (ou potencial de alta de 36% em relação ao fechamento da véspera).

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Os analistas do BBI destacam que, embora a empresa tenha dito em sua teleconferência de resultados do segundo trimestre de 2021 que estava estudando um aumento de preço em outubro, as estimativas de consenso não estariam refletindo totalmente este aumento de preço.

“O aumento de preço de 5% a 6% citado parece amplamente em linha com a nossa estimativa de uma alta de 6,5% no preço da cerveja no Brasil no quarto trimestre, com nossa receita líquida consolidada da Ambev sendo 3% acima do consenso no trimestre”, avaliam os analistas do BBI.

Eles seguem otimistas com a ação, avaliando que o mercado ainda não está precificando o cenário baixista sobre os preços das commodities agrícolas entre o segundo semestre de 2021 e 2024. Essa baixa, na avaliação do BBI, provavelmente resultará em alívio de custo de insumos (commodities agrícolas respondem por cerca de 20% dos custos da Ambev).

Cabe destacar que analistas de mercado têm se dividido sobre a avaliação de Ambev. De 15 casas que cobrem a ação, de acordo com dados da Refinitiv, 4 recomendam compra, 7 recomendam manutenção e 4 recomendam venda. O preço-alvo médio é de R$ 17,27, ou alta de cerca de 12% em relação ao fechamento da véspera.

Nos resultados do segundo trimestre, analistas mais céticos já destacavam o desafio de redução de custos da companhia, além dos temores com a concorrência, enquanto outros, como o BBI, apontavam para a perspectiva de menores custos.

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