Portugal vende operadora de aeroportos à Vinci por US$ 4,1 bilhões

A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luis Albuquerque, afirmou que, com esta privatização, Portugal já conseguiu um total de 6,4 bilhões de euros em receitas de privatizações

Reuters

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LISBOA – O governo português decidiu vender a operadora de aeroportos ANA ao grupo de construção francês Vinci por 3,08 bilhões de euros (4,1 bilhões de dólares), fazendo com que Portugal ultrapassasse a meta de receitas de privatização prevista no resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, anunciou o governo.

A ANA fazia parte de um vasto pacote de privatizações previsto no resgate de 78 bilhões de euros da UE e do FMI, firmado em maio de 2011, para o país reduzir o seu elevado endividamento.

A venda com altos prêmios nas participações estatais na Energias de Portugal e na Redes Energéticas Nacionais já havia permitido a Portugal obter 60 por cento dos cerca de 5,5 bilhões de euros previstos no programa de privatizações imposto pela ‘troika’.

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“O Conselho de Ministros aprovou uma resolução que seleciona a Vinci como a vencedora (da privatização de 95 por cento do capital da ANA)”, disse Luis Marques Guedes, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luis Albuquerque, afirmou que, com esta privatização, Portugal já conseguiu um total de 6,4 bilhões de euros em receitas de privatizações.

Além da Vinci, tinham entregue propostas vinculativas outros três consórcios: o da operadora de aeroportos suíca Flughafen Zurich com a brasileira CCR e a Global Infrastructure Partners (GIP); o da EAMA, que inclui a argentina Corporación América e a Sonae Sierra da Sonae; e o da alemã Fraport.

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O consórcio Blink, da colombiana Ondisa e da Mota-Engil, que chegou a mostrar interesse inicialmente, desistiu da disputa.

A CCR participava inicialmente da licitação em um consórcio com a Odebrecht e a portuguesa Brisa, que se retirou da disputa. Esse consórcio não ficou entre os cinco selecionados para seguir na disputa na final e a brasileira uniu-se ao consórcio com a gestora de aeroportos suíça.

No início deste mês, Portugal decidiu ceder à ANA a concessão, por 50 anos, os serviços aeroportuários portugueses por 1,2 bilhão de euros, sendo que 800 milhões terão de ser pagos imediatamente.

Portugal também quer vender empresas como a CP-Carga, os CTT-Correios de Portugal e a holding de seguros do banco estatal Caixa Geral de Depósitos, assim como retomar o processo de privatização da companhia aérea de bandeira TAP.

Na semana passada, o governo optou por não vender a TAP à Synergy Aerospace, do magnata German Efromovich, após este único candidato à privatização da companhia aérea falhou na entrega garantias bancárias necessárias.