Por que uma consultoria brasileira contraria o mercado e vê petróleo subindo a US$ 50?

Indo na contramão da maior parte das casas de análise, a LCA espera que o petróleo tenha 70% de valorização este ano

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Para quem viu uma queda de 21% do petróleo nos apenas 15 dias que tem 2016 até agora, não deve achar fácil encontrar muitos motivos para acreditar que o petróleo vá se recuperar. É justamente esta, no entanto, a previsão de uma das maiores consultorias brasileiras, a LCA Consultores. 

Contrariando previsões de instituições como o Morgan Stanley, que cortou a sua projeção de petróleo para US$ 20, ou do Barclays, que vê a commodity indo a US$ 23, a LCA projeta que o chamado “ouro negro” terminará o ano de volta aos US$ 50. Se a previsão se concretizar, seria um upside (valorização) de impressionantes 69% em relação ao patamar atual. No ano, a alta seria de 33%. 

Mas por que tanto otimismo? Segundo relatório da consultoria, a recente queda dos preços do barril não deverá se estender por um período prolongado. “Em primeiro lugar, a demanda por óleo não deve crescer num ritmo semelhante ao ano passado”, afirma o research. 

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Para respaldar esta linha de argumento, a LCA diz que o crescimento da economia global em 2016 será mais forte, uma expansão de 3,8%. Um dos principais responsáveis para este número seriam os Estados Unidos, que teriam um crescimento de 2,6% contra 2,5% em 2015. Isso seria o bastante para compensar a desaceleração da atividade chinesa, por exemplo.

O texto ainda lembra que a produção de petróleo nos EUA recua desde maio do ano passado. “A Agência Internacional de Energia espera que a produção dos países não membros da Opep se contraia neste ano, o que seria a primeira queda desde 2008”, explica. Isso, seria, na opinião da LCA, o bastante para compensar o aumento da oferta por parte do Irã. O país estava praticamente fora do mercado por conta das sanções internacionais ao seu programa nuclear, mas estas sanções devem ser levantadas este fim de semana. 

Por fim, a LCA conclui que a resposta aos preços baixos da commodity será uma firme redução dos investimentos no exterior, o que ajudaria na contenção da oferta de óleo e na recuperação moderada dos seus preços.

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