Por que traders estão interessados em fan tokens da Copa do Mundo?

Apenas na semana passada, um token chamado "World Cup Inu" subiu cerca de 500%

CoinDesk

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Entusiastas de criptomoedas no Twitter e de grupos de nicho no Telegram estão se preparando para a Copa do Mundo, que começa no dia 20 de novembro, com uma aposta inusitada: eles se já começaram a comprar tudo que remete à Copa, de fan tokens oficiais de seleções participantes até criptos obscuras com nomes de países, jogadores e estádios.

Esses ativos, junto com demais fan tokens, ainda concentram um valor de mercado considerado baixo, de cerca de US$ 354 milhões, mas o desempenho recente chama atenção especialmente pelo momento de estabilidade do mercado de ativos digitais.

Os fan tokens são ativos emitidos por meio de plataformas de engajamento em blockchain, principalmente Socios e Bitci. Donos dessas moedas podem contribuir em ações de marketing, participar de eventos exclusivos e obter recompensas de fidelidade.

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No entanto, essas criptos também são usadas por traders para especulação, dada a correlação entre os preços e o desempenho (ou, nesse caso, a expectativa de desempenho) dentro de campo. Diante disso, espera-se que os fan tokens reflitam uma espécie de mercado cripto de apostas das seleções da Copa do Mundo.

Sem licença

Nenhum desses tokens é licenciado, ou mesmo afiliado, a qualquer participante da Copa do Mundo. Isso não impediu os apostadores de obterem grandes ganhos. Um token chamado “World Cup Inu” subiu cerca de 500% apenas na semana passada, com outros como “CHAMPS” e token “World Cup” disparando pelo menos 200% (antes de quedas nas últimas 24 horas).

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Nos últimos sete dias, os torcedores da seleção peruana de futebol (FPFT), da seleção espanhola (SNFT) e da seleção brasileira (BFT) subiram 29%, 17% e 12%, respectivamente, de acordo com o agregador CoinGecko. Já fan tokens das seleções turca e argentina avançaram 10% e 9%.

Capital disponível

Mas o que está impulsionando o movimento? Para Wes Hansen, diretor de negociação e operações do fundo de criptomoedas Arca, a culpa é do capital marginalizado que procura um lugar para ser alocado, em praticamente qualquer opção que tenha uma narrativa de curto prazo.

“Há muito dinheiro esperando por qualquer oportunidade de investir, e é por isso que as negociações de eventos de curto prazo são a única maneira de gerar retornos decentes há alguns meses”, disse Hansen ao CoinDesk.

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Ele acrescentou: “Quando essas condições são combinadas com um evento de massa de um mês como a Copa do Mundo e o amor que essa indústria tem por criptos de memes, é provável que haja alguns ‘empreendedores’ experientes que lancem tokens com tema da Copa do Mundo”.

No entanto, o especialista recomenda máxima cautela aos investidores de varejo que desejam navegar essa tendência.

“Esses tokens apenas se tornam veículos de negociação de alta velocidade que têm pouco ou nenhum valor intrínseco ou funcionalidade e desaparecerão assim que o evento [de compra generalizada] começar a se desgastar”, alerta Hansen.

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Por outro lado, diz o executivo da Arca, alguns ativos também são movidos por “razões interessantes”, como dar aos torcedores uma maneira de “interagir e apoiar seus times favoritos”.

CoinDesk

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