Por que o prejuízo de R$ 50 milhões do Nubank no semestre não é nada preocupante

Balanço semestral da fintech foi divulgado nesta semana 

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – O Nubank teve prejuízo líquido de quase R$ 51 milhões no primeiro semestre deste ano, perda 30% maior do que a registrada no mesmo período de 2017, de R$ 38,9 milhões. Os números foram divulgados no relatório de administração semestral da fintech.

A receita total da companhia – soma das receitas operacionais e financeiras –  por outro lado, teve crescimento de 112% na mesma base comparativa, chegando a R$ 503 milhões. O resultado financeiro também cresceu 86,6%, para R$ 227,665 milhões.

Ainda que o prejuízo tenha aumentado, isso não é motivo de preocupação. André Martins, analista de bancos e financeiras da XP Research, aponta que esse prejuízo “é normal neste nicho e nessa fase” e “nada preocupante”.

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“Como uma empresa do business de bancos, ela precisa ganhar muita escala e ainda não a tem por estar em um estágio inicial de negócio. Você vê que as receitas cresceram e os custos operacionais também aumentaram muito. Esse prejuízo existe porque ela ainda não tem escala suficiente para diluir esses custos”, disse. A ideia é que ao longo dos anos isso aconteça e a empresa comece a, finalmente, gerar lucro.

Ele ainda ressalta que esses números podem ser até otimistas, pois apontam que existe um crescimento da fintech. “Tudo que se refere à receita e captação de clientes está crescendo”, disse.

No relatório de desempenho, o próprio Nubank diz que “encontra-se em fase de acelerado crescimento de suas operações”. “Dada a natureza do negócio, há um investimento inicial na análise de novos clientes, bem como na produção e envio dos cartões. Apenas após um período de uso tais clientes passarão a ser rentáveis para a instituição”, continua.

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Ainda no primeiro semestre, a empresa teve seu valor de mercado avaliado em US$ 1 bilhão, o que fez dela uma das unicórnios brasileiras. A Rappi, de entregas, também chegou a este valor neste ano.

Desde 2013, o Nubank se posiciona como uma alternativa aos cartões de crédito de grandes bancos, prometendo dados e taxas mais justos e transparentes. Hoje ela também oferece contas digitais, a NuConta.

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