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O dólar fechou a última sexta-feira (1º) em R$ 5,8699, registrando seu segundo maior valor nominal da história, perdendo apenas para a marca de R$ 5,9012 alcançada em maio de 2020, no auge da pandemia.
O aumento de 1,53% reflete a combinação de incertezas fiscais no Brasil e o cenário eleitoral dos Estados Unidos, onde a expectativa de uma possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de terça-feira tem gerado cautela e impulsionado a busca pelo dólar como porto seguro.
No Brasil, o governo enfrenta desconfiança do mercado quanto à falta de medidas concretas para cortar despesas. Anunciadas para após o segundo turno das eleições municipais, as diretrizes de ajuste fiscal ainda não foram apresentadas.
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Uma viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa que estava marcada para esta semana também indicava que essas medidas não seriam anunciadas tão cedo, aumentando o clima de insegurança no mercado, e contribuindo para que o dólar acelerasse seus ganhos durante a tarde, chegando à máxima do dia de R$ 5,8759 às 16h48.
Em meio à pressão, Haddad cancelou a viagem, e ficará a semana em Brasília.
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Além do cenário político, o movimento da moeda foi influenciado por dados fracos do mercado de trabalho americano divulgados na sexta. O relatório de empregos apontou a criação de apenas 12.000 postos em outubro, bem abaixo da expectativa de 113.000 vagas, o que temporariamente fez o dólar ceder para R$ 5,7629.
Contudo, a força da moeda se consolidou à tarde, com os investidores buscando proteção antes de eventos decisivos nos próximos dias: as eleições nos EUA, a reunião do Banco Central do Brasil sobre juros na quarta e a decisão do Federal Reserve na quinta-feira.
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