Por que analistas ainda mandam comprar Fibria e Suzano – as ações ‘indesejadas’ pelo mercado?

Papéis que foram os 'vencedores' da Bolsa em 2015 agora afastam investidores, com quedas superiores a 30% esse ano

Paula Barra

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SÃO PAULO – As ações “vencedoras” da Bolsa em 2015 do setor de papel e celulose – Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB5) – vivem pesadelo na Bolsa esse ano. Elas são penalizadas dos dois lados: enquanto o dólar, que foi o grande motor dos papéis em 2015, afunda, os preços de celulose seguem o mesmo caminho, sem encontrar seu chão ainda. Um cenário que faz os papéis figurarem como as piores ações do Ibovespa em 2016 – ganhando apenas da Rumo (RUMO3) -, acumulando quedas acima de 30% no período, que levaram as ações a renovarem suas mínimas em mais de 12 meses.

Sem respiro nos últimos dias, por conta da volatilidade crescente em meio ao cenário político, que tem contribuído para trazer peso no dólar, o BTG Pactual divulgou nesta semana um relatório reavaliando o setor. Apesar da queda e perspectiva difícil no curto prazo, por conta do ‘call político’, os analistas Leonardo Corrêa e Caio Ribeiro, que assinam o relatório, veem uma perspectiva ainda otimista para essas ações no médio prazo, que os levaram a reiterar recomendação de compra para os dois papéis. 

A tese dos analistas é que a queda do preço da celulose – que na semana passada caiu 3,7% na China, a US$ 528 a tonelada, segundo dados da consultoria finlandesa Foex – é passageira, assim como a disparada do minério de ferro, que, para eles, não tem sustentação. Segundo eles, o patamar de US$ 530 a tonelada parece um piso para o preço da celulose, dado que seria um nível que poderia tirar alguns players chineses do mercado por conta da severa pressão na margem que acarretaria se os preços fossem para níveis ainda mais baixos.  

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Para eles, os investidores parecem não querer “pegar a faca caindo” e ainda estão esperando ver sinais claros de estabilização de preços antes de revisitarem os cases das ações. Eles, no entanto, seguem firmes nas ações, ainda acreditando em um “call” de câmbio, enquanto as ações seguem com valuations atrativos e com projeção de entregar dividend yiel entre 6% e 7% para os próximos anos. 

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