Por que a São Carlos prefere imóveis com problemas

Empresa fechou o primeiro trimestre com portfólio de R$ 4 bilhões, mas se posiciona como uma companhia de valor adicionado e mira sempre o longo prazo

Tarcisio Alves

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SÃO PAULO – Uma das principais empresas de investimento e administração de imóveis comerciais no Brasil, a São Carlos Empreendimentos nasceu, em 1999, da cisão dos ativos imobiliários do grupo Lojas Americanas, com o objetivo de operar de forma independente — portanto, sem vínculo societário com as Lojas Americanas.

Passados 19 anos, a empresa completou o primeiro trimestre de 2018 com um portfólio de 79 imóveis avaliado em R$ 4 bilhões, faturamento recorrente com aluguéis calculado em R$ 60,3 milhões e margem EBITDA recorrente de 75,3% das receitas líquidas. Mas o diretor-presidente da empresa, Felipe Góes, faz uma ressalva a respeito de tais números: “O conceito da companhia não é o de construir o maior portfólio, mas sim ser a mais rentável”, afirmou ele a Tiago Reis — CEO da Suno Research e responsável pela série de relatórios Assinatura Premium Anual —, no programa Fundamente-se.

“Somos uma companhia de valor adicionado”, afirma, dizendo que a empresa compra imóveis que têm problemas a serem resolvidos. “Nós resolvemos esses problemas e, uma vez que os imóveis alcançam um nível de estabilidade, os vendemos e entregamos esses recursos para os acionistas”, complementou. “Nosso negócio não é renda, como na maioria dos fundos imobiliários, e sim criação de valor para os nossos acionistas ao longo do tempo”, reforçou Góes.

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Conheça mais detalhes sobre a operação da São Carlos no programa Fundamente-se.