Por conta da greve do Ibama, converter o carro para GNV ainda não ficou mais caro

Órgão deveria colocar em prática resolução do Conama, que pedia novas tecnologias para menor emissão de poluentes do kit

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Por conta da greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), converter o carro para a tecnologia de gás natural veicular (GNV) ainda não está 15% mais caro. A declaração foi dada nesta sexta-feira (17) pelo coordenador do Comitê de GNV do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Rosalino Fernandes.

A paralisação, encerrada em 17 de julho, após dois meses de duração, ainda surte efeitos nos trabalhos do órgão. Por conta da Resolução 315 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que entraria em vigor agora em agosto por meio do órgão, o kit que permite o carro rodar com o combustível deveria reduzir pela metade a emissão de óxido de nitrogênio – o que geraria a necessidade de algumas modificações no equipamento e, portanto, maiores gastos.

Tempos x negociação

“Ainda não sabemos quando as medidas serão tomadas, não há prazo. Mas o motorista que quer converter o carro tem mais prazo para pagar o menor preço”, afirmou Fernandes. Atualmente, cobra-se pelo serviço algo em torno de R$ 3 mil.

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Conforme a assessoria de imprensa da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), a carga horária dos trabalhadores do órgão já é aplicada normalmente. Contudo, alguns atrasos em negociações setoriais com o governo podem atrasar mais um pouco as atividades.

O mercado

Segundo o IBP, até junho deste ano, a frota de carros equipados com a tecnologia GNV somava pouco mais de 1,5 milhão de unidades. Esse total representa uma média de quase 17 mil conversões mensais.

Já de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, o metro cúbico saía, na média nacional, por R$ 1,337, na semana encerrada em 11 de agosto.