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Nova previdência pode prever recomposição salarial para militares
Foram ruins os primeiros sinais políticos da reforma dos militares. O ministro Paulo Guedes, que recém recebeu a proposta nesta semana, terá que lutar internamente no governo para melhorar o teor da reforma e gerar economia para o Tesouro. Desta forma, vale monitorar a disputa interna que se seguirá nos próximos dias e destacados abaixo:
1- O primeiro sinal político já não foi o mais adequado, uma vez que teria sido bastante recomendável as reformas terem sido enviadas conjuntamente. Não foram, como todos sabemos.
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2- Os próprios militares fazerem sua proposta soa um tanto estranho. Não vimos a mesma lógica na construção da reforma dos civis. O judiciário, Ministério Público e outras categorias de legislativo e executivo certamente não tiveram muita atividade na construção da proposta enviada ao Congresso. O normal é isso, inclusive.
3- Uma proposta de reforma que contenha recomposição salarial na mesma matéria é um erro político, porque passa sinais trocados. Ou se está combatendo privilégios e cada um está dando sua contribuição para tirar o Brasil da crise – discurso do governo -, ou se está concedendo reajustes. As duas coisas não andam juntas na vida real e não deveriam andar em proposta legislativa. A torcida deve ser para que o governo entenda este ponto e faça uma correção de rota até o envio final da reforma dos militares. Perder o discurso simbólico da reforma já na saída dá imensa força às corporações a zero de jogo.
4- Um dos riscos caso a proposta dos militares venha como o ventilado é justamente que o Congresso use a dos militares como paradigma para a dos civis, e não o contrário. Raríssimas vezes os parlamentares foram mais realistas que o rei. Se o governo tem uma proposta branda para uma categoria tão importante, sempre que alguma outra categoria pressionar os parlamentares a usarão como ponto. Vamos ouvir demais nos próximos meses a frase “ah, mas os militares não tem isso na reforma deles”. A ficar como está, terão até alguma razão os reclamantes.
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5- O Congresso veria com maus olhos uma proposta apresentada nos moldes ventilados. Já sentimos que há alguma tensão entre a política e os militares, e certamente esta reforma não seria um ponto de apaziguamento.
6- O governo nos próximos dias deve se debruçar sobre esta reforma e seus impactos econômicos e políticos. Um giro rápido com parlamentares e uma avaliação política pé-no-chão certamente ofereceriam terreno para que o projeto enviado seja diferente do proposto.
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