Bolsonaro precisa fazer fazer aceno à liberdade social para trazer indústrias ao país

Fábio Astrauskas, economista, professor do Insper e CEO da consultoria Siegen, fala sobre polarização e desafios do próximo presidente da República

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A corrida presidencial se encaminha para sua reta final e a larga vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) à frente de Fernando Haddad (PT) nas pesquisas eleitorais alimenta as discussões sobre seu eventual governo.

Em um ambiente político bastante polarizado, é esperado que haja forte rejeição ao próximo presidente e inúmeras incertezas sobre a forma de condução das reformas previstas, como a previdenciária.

De um lado, o guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, agrada ao mercado financeiro e aos empresários com sua postura liberal. Do outro, algumas declarações radicais e polêmicas de Bolsonaro mantêm o tom cauteloso. 

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O candidato que se diz liberal na economia e conservador nos costumes suscita polêmicas geralmente relacionas às questões sociais. Embora as sinalizações de que é a favor das privatizações e da independência do Banco Central agradem aos empresários da chamada “indústria 4.0”, a “liberdade social” ainda preocupa, segundo Fábio Astrauskas, economista, professor do Insper e CEO da consultoria Siegen, instituição que presta consultoria especializada em gerenciamento estratégico de empresas em crise. 

Para Astrauskas, empresas estrangeiras não investirão no Brasil se não encontrarem a equação “liberdade econômica com liberdade social”. No curto prazo, a economia deve reagir positivamente a uma eventual eleição de Bolsonaro. Astrauskas estima que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça perto de 2,5% em 2019.

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“Para uma recessão que o país viveu em 2015, 2016 e 2017 e um crescimento muito baixo para este ano não é de se animar tanto, mas pelo menos traz para o empresário uma expectativa de mudança de rumo. Essa mudança vai ter que se consolidar com medidas que um novo governo, seja ele qual for, vão tomar com relação a algumas reformas estruturais que estão na pauta”. 

Astrauskas destacou ainda a necessidade de sinalizações de regras claras para o curto, médio e longo prazos. “Os grandes investimentos se dão quando existe esse tipo de visão”, disse. 

Confira a entrevista completa, conduzida pelo editor-chefe do InfoMoney, Thiago Salomão, no vídeo acima. 

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