Eduardo Bolsonaro diz que basta “um soldado e um cabo” para fechar STF; ministros reagem

A afirmação foi em resposta a um questionamento sobre uma possível ação do Exército caso Bolsonaro fosse impedido de assumir a Presidência

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável Jair Bolsonaro e deputado federal eleito por São Paulo com o maior número de votos do país (1.843.735 votos), disse que bastam um soldado e um cabo para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal).

A afirmação foi em resposta a um questionamento sobre uma possível ação do Exército caso Bolsonaro fosse impedido de assumir a Presidência por alguma decisão do Supremo.

“Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo”, disse o deputado eleito.

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“O que é o STF? Tira a poder da caneta da mão de um ministro do STF, o que ele é na rua. Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter manifestação popular a favor dos ministros do STF? Milhões na rua?”, acrescentou.

Eduardo Bolsonaro publicou em seu Twitter uma mensagem em que disse que nunca defendeu o fechamento do STF e que citou “uma brincadeira que ouvi de alguém na rua”. “Se fui infeliz e atingi alguém tranquilamente peço desculpas e digo que não era minha intenção”, acrescentou.

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Jair Bolsonaro disse a jornalistas que desconhece o vídeo com as declarações de seu filho e afirmou que alguém tirou as falas de contexto. “Não existe isso de crítica e fechar STF. Se alguém falou em fechar o STF, tem que consultar o psiquiatra”, afirmou. “Eu desconheço, duvido. Alguém tirou de contexto”.

Repercussão negativa

As declarações do filho de Bolsonaro repercutiram mal nos bastidores do STF. O ministro Celso de Mello classificou a afirmação de “inconsequente e golpista” em mensagem enviada ao jornal Folha de S. Paulo.

Para outros ministros do STF, o vídeo evidencia “autoritarismo e despreparo”. “Tribunais só são peças dispensáveis na ditadura”, afirmou um magistrado, em condição de anonimato. “E o que temiam, aconteceu. Há investigação no TSE e eles vão ter que conviver com essa sombra”, acrescentou.

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber, também se pronunciou sobre o vídeo. “No Brasil, as instituições estão funcionando normalmente e juiz algum que honra a toga se deixa abalar por qualquer manifestação que eventualmente possa ser compreendida como inadequada”, disse.

“É incrível que pessoas que defendem o Estado de Direito se omitam de condenar uma atitude como essa que vimos”, disse José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça.

(Com Agência Brasil)

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