PDT quer pedir anulação da eleição após denúncia sobre campanha pró-Bolsonaro no WhatsApp

De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, a equipe jurídica da legenda ainda estuda a forma e conteúdo da peça a ser apresentada ao TSE 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O PDT anunciou que prepara uma ação para pedir à Justiça Eleitoral a nulidade das eleições após a reportagem da Folha de S. Paulo de que empresas estão comprando pacotes de disparo em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp.

De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, a equipe jurídica da legenda ainda estuda a forma e conteúdo da peça a ser apresentada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O PDT teve como candidato à presidência Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.

A Folha informou práticas ilícitas no uso de redes sociais por parte da campanha do candidato do PSL à Presidência e que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra o PT e a favor do candidato do PSL por WhatsApp. A prática consiste em um pacote de disparos em massa de mensagens. Além disso, estariam preparando uma operação para a próxima semana, antes do segundo turno.

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O serviço, segundo o jornal, vale-se da utilização de números no exterior para enviar centenas de milhões de mensagens, burlando as restrições que o WhatsApp impõe a usuários brasileiros. As atividades envolvem o uso de cadastros vendidos de forma irregular. A legislação eleitoral só permite o uso de listas elaboradas voluntariamente pelas próprias campanhas. O financiamento empresarial de campanha também é proibido.

O  candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, chamou hoje de “tentativa de fraude eleitoral” as denúncias publicadas. “O que está hoje nos jornais não são indícios de que houve crime, são provas”, afirmou o candidato. “Não é um problema moral [apenas], é crime. É penal.” O candidato do PT disse que vai apresentar denúncias à Polícia Federal e à Justiça Eleitoral para que sejam tomadas as providências.

Já a campanha de Bolsonaro não se manifestou de imediato sobre as denúncias. Contudo, um dos filhos do presidenciável disse no Twitter que o jornal e o PT contam meias-verdades ou mentiras descontextualizadas. “Vão perder a boquinha que o partido mais corrupto do Brasil bancou ao longo de seu tempo no poder!”, escreveu o vereador Carlos Bolsonaro. O empresário Luciano Hang, da Havan, que foi citado na matéria, publicou vídeo no Facebook afirmando que a reportagem da Folha é “fake news”. 

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Conforme aponta a última pesquisa Ibope, Bolsonaro lidera as intenções de votos para o segundo turno da disputa presidencial com 59% dos votos válidos, ante 41% de Haddad.

(Com Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.