Ao lado de Bolsonaro, Paulo Guedes nega volta da CPMF e culpa governo por ter “criado cartéis”

O candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) e seu economista, Paulo Guedes, deram entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan FM

Júlia Miozzo

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Em entrevista ao vivo para o programa Pânico, da rádio Jovem Pan FM, na tarde desta terça-feira (9), o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) fez duras críticas ao PT e seu candidato, Fernando Haddad, voltando seu discurso aos moradores da região Nordeste, onde o petista recebeu o maior número de votos.

Logo no início da entrevista, que também contou com a deputada eleita do PSL, Joyce Hasselman, ele comenta que seria uma “vergonha mundial” ter um presidente que “se consulta com um presidiário toda a semana”, fazendo referência às visitas de Haddad ao ex-presidente Lula, hoje preso em Curitiba.

Bolsonaro ainda comentou sobre o “kit gay”, atribuindo-o a Haddad. “Atenção, povo do Nordeste! Haddad criou o kit gay. Vocês querem que seus filhos aprendam essas práticas na escola?”, pergunta. Ele ainda aproveitou o tema para reforçar que não tem “nada contra homossexuais”. “Quem não tem um parente ou amigo gay? Minha briga sempre foi contra o material escolar”, ele diz.

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Ainda sobre o ensino nas escolas, Bolsonaro disse que está em busca de um nome “autoritário” para ser titular do MEC (Ministério da Educação) para, caso eleito, “expulsar a filosofia de Paulo Freire das escolas” e “mudar os currículos escolares para aprender química, português, matemática e não sexo”.

“Que mofe na cadeia”
Quando questionado se perdoaria Adélio Bispo de Oliveira, responsável pelo ataque com uma faca no dia 6 de setembro, o candidato disse que não e que “se depender de mim, ele mofa na cadeia”.

“Bandido tem que apodrecer na cadeia. Se cadeia é lugar ruim, é só não fazer a besteira que não vai para lá. Vamos acabar com essa história de ficar com pena de encarcerado. Quem está lá fez por merecer”, disse. Ele ainda pede que a pena de Adélio seja ampliada.

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Fiscal de urnas
O presidenciável voltou a criticar o sistema de votação por urnas eletrônicas e defender o voto impresso para evitar riscos de fraude. Ele justifica dizendo que recebeu centenas de vídeos com boletim de votação, em que não teria recebido qualquer voto, e outros mostrando o preenchimento automático de voto nas urnas para “13”, assim que o eleitor apertava o dígito 1. Essas últimas imagens já foram confirmadas pelo TSE como falsas.

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Paulo Guedes nega criação de uma nova CPMF
Ao lado de Bolsonaro, seu economista Paulo Guedes desmentiu a proposta de criar uma nova CPMF e explicou que a ideia, na verdade, é criar um imposto único com fórmula a favor dos mais pobres, pois eliminaria os impostos indiretos e simplificaria tudo em uma única alíquota.

“É na verdade uma proposta de tributação praticamente progressiva, porque elimina os impostos que batem mais nos mais pobres e foi transformando no inverso, foi transformado exatamente no inverso [sic]”, ele disse. “O que está se falando aí é um absurdo, é equivocado, de gente despreparada vazando coisa que não conhece”.

Guedes ainda defendeu que o governo federal concentrou recursos nos últimos 20 anos, o que teria favorecido grandes grupos financeiros e empresariais e criado cartéis.

“O dinheiro está concentrado e aí faz um pouco de assistencialismo com o andar de baixo e faz alguns grandes negócios com o andar de cima, em vez de focar na criação de uma classe média emergente, na competição do mercado, do preço razoável quando tem uma competição. Não é isso que tem acontecido no Brasil. A economia do Brasil é uma das mais fechadas do mundo”, ele disse.

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