Haddad vira alvo preferencial e candidatos do centro brigam entre si em debate

O substituto de Lula foi alvo de críticas focadas principalmente nos escândalos de corrupção envolvendo seu partido durante debate do SBT

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O crescimento de Fernando Haddad (PT) nas pesquisas eleitorais, apontando-o como forte candidato ao segundo turno, trouxe o presidenciável para o centro das atenções do debate realizado nesta quarta-feira (26) pelo Uol, SBT e Folha de S. Paulo. O substituto de Lula foi alvo de críticas focadas principalmente nos escândalos de corrupção envolvendo seu partido.

Logo na primeira parte do debate, Marina Silva (Rede) atacou o petista ao responder uma pergunta sobre PEC do teto de gastos e reforma trabalhista ao dizer que o país está “no fundo do poço” em decorrência da “corrupção do PT, MDB e PSDB”.

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A candidata ainda alfinetou o apoio dado por Renan Calheiros, que foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff, à candidatura de Haddad. “São dois pesos e duas medidas. O PT faz o discurso dos trabalhadores e leva o país para o buraco com o Temer”, finalizou, recebendo o apoio de Ciro Gomes (PDT) pela resposta. Vale lembrar, o petista se descolou de Ciro nas pesquisas, deixando-o em terceiro lugar na corrida eleitoral.

O pedetista também mirou Haddad em diversas críticas, mesmo que indiretas, como quando sinalizou que teria maior conhecimento dos problemas brasileiros do que o petista, que foi prefeito de São Paulo. Em resposta, Haddad disse que “talvez tenha sido um dos ministros do governo Lula, que você [Ciro] participou, que mais andou pelo país”.  

Em outro momento, questionado se levaria petistas para compor seu eventual mandado, Ciro foi direto: “se puder governar sem o PT, eu prefiro. Nesse momento, o PT representa uma coisa muito grave porque transformou-se numa estrutura de poder odienta que acabou criando o Bolsonaro, essa aberração”. Haddad retrucou dizendo que foi convidado para ser vice na chapa do PDT em uma dupla que Ciro teria chamado de “dream team” (time dos sonhos). “Não é assim que se faz política, demonizando quem não está junto”, acrescentou Haddad.

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Centrão se digladia
Não foi só Haddad que foi atacado. Os nomes de centro, que patinam nas pesquisas e ganharam as manchetes nesta semana em meio às notícias de um encontro fracassado para a união em torno de uma candidatura mais competitiva, também se atacaram durante o debate.

Henrique Meirelles (MDB) alfinetou Geraldo Alckmin (PSDB) ao criticar a demora para a conclusão da Linha 5 do metrô e questionar se esse é o tipo de eficiência que o tucano quer levar para Brasília. Alckmin respondeu que houve diversas conclusões de estações durante o seu governo em São Paulo e que prevê um grande plano de infraestrutura para o Brasil.

O emedebista rebateu ao falar de feitos durante a presidência do Banco Central e que o que ele fez no cargo foi sinônimo de eficiência, sendo depois questionado pelo tucano de que algo deu errado por conta da situação difícil do País.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.