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SÃO PAULO – Começou a circular nas redes sociais um boato de que a eleição poderia ser adiada por conta da discussão sobre o cancelamento dos títulos eleitorais de quem não fez o cadastramento de biometria. O problema existe e será julgado nesta quarta-feira (26) no STF (Supremo Tribunal Federal), mas especialistas consultados pelo InfoMoney dizem que a chance de um adiamento é praticamente nula.
O boato cresceu por conta do pedido do PSB, feito no dia 19 de setembro, para que a Justiça autorize as cerca de 3,5 milhões de pessoas que não fizeram o recadastramento a votarem nesta eleição. Isso gerou um impasse e, caso seja revertido este cancelamento de títulos, não haveria tempo hábil para a correção dos dados nas urnas, o que poderia levar ao adiamento do pleito.
Para o advogado eleitoral Cristiano Vilela, as chances de a eleição ser adiada em função desta ação são baixas. “Eu não vejo elemento nisso. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) realizou campanha bastante significativa nessa questão. Não vejo muita chance de o próprio tribunal eleitoral reconhecer alguma falha e flexibilizar, especialmente se isso culminar no adiamento”, afirmou.
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“O fim do mandato [do presidente Michel Temer] está aí. Qualquer adiamento interferiria até na transição de governo. Por esses motivos, não vejo motivo de prosperar. Vejo esse pedido natimorto”, complementou. Também é preciso considerar os efeitos políticos negativos que mudanças na data das eleições promovidas durante o processo provocam. De acordo com Vilela, não há precedentes para isso no Brasil.
Nesta quarta esta previsto o julgamento no STF sobre o caso e a ministra Rosa Weber, presidente do TSE já se pronunciou na segunda-feira (24) dizendo que suspender o cancelamento dos títulos pode comprometer o calendário eleitoral.
A área técnica do tribunal já afirmou que não teria tempo para inserir os dados destes eleitores a tempo, já que seriam necessários 16 dias para isso, enquanto faltam apenas 13 dias para o primeiro turno. As chances de ocorra esta mudança é muito pequena, mas a garantia que não haverá adiamento da eleição deverá ser dada pelo Supremo apenas nesta quarta.
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