Prisão de Richa é novo desgaste para Alckmin em um antes reduto eleitoral do PSDB

A prisão de Beto Richa atinge o PSDB diretamente, mas principalmente o partido no estado do Paraná

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Mais um desgaste para o candidato à presidência Geraldo Alckmin, ainda mais em um dos antes redutos eleitorais do PSDB. Essa é a avaliação feita sobre a prisão do ex-governador do Paraná e candidato ao Senado pelo PSDB Beto Richa. O paranaense foi preso em uma Operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado),  em uma investigação sobre o programa Patrulha Rural. Ele também foi alvo de mandados de busca e apreensão na Operação Lava Jato. 

A prisão de Beto Richa atinge o PSDB diretamente, mas principalmente o partido no estado do Paraná, destaca o diretor de relações governamentais da Barral M. Jorge, Juliano Griebeler.
 
“Alckmin encontrava dificuldades para crescer no estado por causa de Álvaro Dias (PODE), Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL). Agora, com o ocorrido, a situação pode piorar. Richa sempre foi visto como um importante cabo eleitoral no estado e agora não deve conseguir se eleger senador, o que muda o cenário da região”, destaca o analista político. Richa, de acordo com o último Ibope, aparecia em segundo lugar para o Senado, com 28% das intenções de voto. Nesta eleição, duas vagas estão em jogo para a Casa legislativa. 
 
Vale ressaltar que, também na pesquisa Ibope divulgada no início de setembro, agora em âmbito presidencial, Bolsonaro e Alvaro Dias apareciam empatados com 23% dos votos cada no Paraná, enquanto Alckmin tinha somente 4% dos votos.
 
Já na eleição de 2014, enquanto Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com 51,64% dos votos válidos, o seu opositor Aécio Neves (PSDB) teve uma larga vantagem contra ela no Paraná: o tucano teve 60,98% dos votos ante 39,02% da petista, mesmo pleito aliás em que Richa foi reeleito governador no estado no primeiro turno.  
 
Assim, as dificuldades para Alckmin por lá, que já eram grandes, devem se ampliar, ao mesmo tempo em que os adversários do tucano deverão tentar capitalizar em cima da situação. O presidenciável, que já é constantemente questionado sobre a situação de Aécio, Eduardo Azeredo e do ex-presidente da Dersa Laurence Casagrande, agora também será interpelado sobre Richa. 
 
“Enquanto isso, o próprio tucano poderá dizer que todos devem ser investigados independente do partido, discurso frequente de vários candidatos”, aponta Griebeler. 
 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.