Meirelles deixa dobradinha de lado e “parte para cima” de Alckmin em debate

Ex-ministro chamou atenção no debate da Gazeta ao enfrentar duas vezes o candidato tucano

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Logo na primeira pergunta, o debate realizado pela TV Gazeta, pelo Estadão e pela Jovem Pan neste domingo (9) mostrou qual seria o grande “embate” da noite: Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB). Nas duas oportunidades que teve, o ex-ministro da Fazenda evitou fazer “drobadinha” e atacou diretamente o tucano com temas polêmicos.

Meirelles abriu o debate já evocando o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que Alckmin, em sua propaganda de TV, atacava o deputado enquanto ele estava sendo operado na última quinta-feira (6). 

“O senhor prega a pacificação. No entanto, quando o candidato Jair Bolsonaro ainda estava na sala de cirurgia, o seu programa na televisão atacava fortemente o candidato Jair Bolsonaro. Isto não seria uma atitude de radicalização, ao invés de uma pacificação?”, questionou.

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O tucano respondeu afirmando que nunca incentivou a violência e que o ex-ministro não havia visto suas inserções. “Apenas o que nós mostramos foram frases, não ditas por mim, exatamente para dizer: ‘Olha, este não é o caminho’. O caminho da violência não nos levará a um futuro melhor. Sou contra qualquer tipo de radicalismo”, respondeu.

Em sua segunda oportunidade, no terceiro bloco, Meirelles decidiu usar o tema da segurança pública para atacar o ex-governador, dizendo que “o crime organizado hoje é o maior produto de exportação de São Paulo”. “Como o senhor combateu o crime em São Paulo? Certamente não foi cortando pela raiz o crime organizado”, afirmou Meirelles.

Segundo o ex-ministro, quando ele presidiu o Banco Central, no governo Lula, ele combateu a inflação pela raiz, enquanto Alckmin não fez o mesmo para deter o mal do crime organizado.

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Em sua resposta, o tucano disse que Meirelles estava “sendo injusto com São Paulo”. “É preciso reconhecer o trabalho que foi feito aqui. Nós vamos levar esse trabalho para o resto do país e endurecer as leis contra o crime organizado”, afirmou.

“Fico feliz quando um estado irmão consegue um avanço em saúde, educação”, continuou o candidato ao defender que sua gestão melhorou índices no combate à criminalização. Alckmin completou ainda dizendo que o número de homicídios no estado caiu, lembrando também que Lula pediu para alocar presos perigosos nos presídios paulistas.

Em sua tréplica, Meirelles concordou com Alckmin sobre a queda no número de homicídios em São Paulo, mas afirmou que “o número de roubos aumentou, trazendo sensação de insegurança à população”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.