Bolsonaro ocupa espaço de Lula como “ausente presente” em debate na TV Gazeta

Parlamentar foi lembrado em diversos momentos do encontro, sendo citado pela maioria dos seis candidatos presentes. Facada foi associada à intolerância na política

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Vítima de um ataque a facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), na última quarta-feira (6), o deputado Jair Bolsonaro (PSL) não pôde participar de debate entre os candidatos à presidência realizado neste domingo (9) pela TV Gazeta, jornal O Estado de S.Paulo, rádio Jovem Pan e Twitter. O parlamentar, contudo, foi lembrado em diversos momentos do encontro, sendo citado pela maioria dos seis candidatos presentes.

Enquanto em debates anteriores a figura ausente que marcava presença nas discussões era o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há cinco meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, desta vez o petista foi menos lembrado que Bolsonaro. Ao longo do debate, que durou cerca de duas horas, adversários na disputa presidencial se solidarizaram com o deputado e criticaram a intolerância e o uso da violência no campo político.

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O episódio envolvendo o deputado motivou interações entre candidatos. Logo no início do debate, Henrique Meirelles (MDB) citou o caso do deputado ao perguntar a Geraldo Alckmin (PSDB) como mudar o radicalismo que atinge o Brasil e prejudica na resolução de problemas em diversas áreas.

Na sequência, os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) fizeram breves referências a Bolsonaro. Em sua vez de perguntar, Alckmin voltou ao episódio de Bolsonaro para fazer um questionamento ao senador Álvaro Dias (Podemos) na área da saúde.

No segundo bloco, foi a vez da jornalista Vera Magalhães lembrar do caso do deputado para perguntar a Guilherme Boulos (PSOL) sobre o acirramento nos ânimos entre esquerda e direita no Brasil. O candidato, nas vezes em que se referiu ao episódio também fez questão de lembrar situações como o assassinato da vereadora Marielle Franco e o ataque a tiros contra a caravana de Lula. A narrativa foi retomada por Boulos durante as considerações finais. Foi o mesmo tom adotado alguns minutos antes por Marina Silva em sua última participação no debate.

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O que se observou ao longo do debate foi que a facada em Bolsonaro foi interpretada pelos candidatos como mais um exemplo da radicalização que assola a política brasileira. A maioria deles usou o caso para se contrapor a tal situação e ao uso da violência na política.

Bolsonaro está internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a última sexta-feira. Ele se recupera de ferimentos na veia mesentérica, que leva sangue da cavidade abdominal para o intestino, além de lesões graves no próprio intestino grosso e três perfurações no intestino delgado. Segundo os últimos boletins médicos, o presidenciável continua em evolução. As expectativas, contudo são que o candidato concentre ainda mais sua campanha nas redes sociais, onde já tem forte presença.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.