“Alckmin presidente” levaria Ibovespa acima de 85 mil pontos e dólar abaixo de R$ 3,60, segundo sondagem XP

Ciro Gomes e Fernando Haddad seriam os candidatos mais "anti-mercado", de acordo com avaliação feita por 281 investidores institucionais consultados pela XP; Bolsonaro causaria impacto "incerto"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em sondagem realizada pela XP Investimentos sobre eleições e mercados entre 28 e 31 de agosto, 281 investidores institucionais destacaram quais são as suas perspectivas para a bolsa, juros e dólar em cenário de vitória para cada um dos principais candidatos à presidência da república. Dentre os respondentes, estão gestores de recursos e economistas e os resultados não refletem a opinião da XP.

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, aparece como o político com mais condições de fazer as reformas necessárias, na avaliação dos entrevistados: 95% esperam que o tucano, se eleito, aprove uma reforma da previdência em 2019. Ele é seguido por Jair Bolsonaro (PSL), com 76% de indicações e Marina Silva (Rede), com taxa de 68%. Na ponta oposta, estão Ciro Gomes (PDT), com 38% e Lula/Fernando Haddad (PT), com apenas 36%.

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Entre os que esperam que cada candidato aprove a reforma da previdência, a de Alckmin seria a que duraria mais tempo, quase 9 anos. Por outro lado, a reforma eventualmente aprovada por Lula/Haddad duraria menos de 4 anos antes que fossem necessárias novas medidas.

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Alckmin teria o maior impacto positivo no mercado

De acordo com a avaliação dos investidores institucionais, as possíveis eleições de Ciro Gomes ou de Fernando Haddad seriam as que mais impactariam negativamente os preços de ativos. Por outro lado, “Alckmin presidente” geraria a maior alta do real e valorização do Ibovespa. 

Com “Ciro presidente”, 87% dos entrevistados indicam que o dólar se desvalorizaria para um patamar superior a R$ 4,40, sendo que 85% têm a mesma resposta no caso de Haddad eleito. Caso Alckmin se consagrasse o próximo presidente, 22% dos investidores indicam que a divisa americana atingiria um patamar abaixo de R$ 3,40, enquanto 41% veem a moeda entre R$ 3,40 e R$ 3,60. No caso de Bolsonaro, os investidores apresentam divergência, com 32% indicando que o dólar ficaria entre R$ 3,60 e R$ 3,80 e 32% apontando dólar entre R$ 3,80 e R$ 4.

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Com relação à bolsa, 31% veem que o Ibovespa iria para um patamar abaixo dos 50 mil pontos se Haddad fosse eleito, patamar parecido com o de Ciro, de 30%. O cenário entendido como de melhor desfecho para a Bolsa é de Alckmin vencedor das eleições, com 90% apontando que o Ibovespa avançaria acima dos 85 mil pontos nesse caso. No caso de Bolsonaro, 51% indicam que o benchmark da bolsa brasileira ficaria abaixo de 85 mil pontos e 49% que ficaria acima de 85 mil pontos. 

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Do lado dos juros, o cenário em que os investidores consultados enxergam maiores elevações é o que considera possível vitória de Ciro Gomes nas eleições. Neste caso 39% indicam que a Selic saltaria para 10% ao ano ou mais. Para 38% dos entrevistados, este seria o patamar atingido caso Haddad seja o escolhido para governar o País pelos próximos quatro anos.

Já no cenário de Marina Silva, Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin vencedores, a maior parte dos investidores acredita que a Selic ficará na banda entre 7,5% e 8%, em linha com a mediana do relatório Focus, semanalmente divulgado pelo Banco Central, para 2019.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.