No JN, Alckmin entra no jogo dos apresentadores e “perde” 16 minutos falando sobre corrupção

No final das contas, se sobressaíram mais os passivos elencados pelos entrevistadores do que propriamente alguma mensagem do candidato

Equipe InfoMoney

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Geraldo Alckmin sofreu um bombardeio focado em corrupção nos primeiros 16 minutos de entrevista ao Jornal Nacional – nada bom ser tão vinculado ao tema que mais incomoda os brasileiros. Dados da nossa pesquisa de maio mostram que esse é o principal problema do país, lembrado por 27% dos eleitores.

Os 60% iniciais da entrevista foram usados pelo Jornal Nacional para relembrar uma série de passivos do tucano: 41 investigados nos partidos do centrão que o apoiam, a benevolência com Aécio Neves e Eduardo Azeredo, que permanecem no partido e um ex-secretário do governo paulista preso. Coube até um exagero dos entrevistadores ao falar que Fernando Collor estava na coligação de Alckmin, já que o PTC apoia Alvaro Dias nacionalmente, apesar de estar com o PSDB em Alagoas.

O tucano se saiu com frases já testadas pela campanha que soam bem para um eleitorado simpático ao PSDB, como “não passamos a mão na cabeça de ninguém” e “puna quem precisar ser punido”. Mas mais forte foram as colocações dos dois apresentadores.

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A sensação é que, com perfil mais tradicional que seus candidatos rivais, o tucano acabou entrando mais no jogo de William Bonner e Renata Vasconcellos e perdeu o controle da entrevista. Não vimos hoje nenhum momento inusitado, como o sorriso de Bonner ao receber a cartilha de Ciro Gomes sobre a proposta do SPC ou o constrangimento que Jair Bolsonaro provocou ao ler o editorial de Roberto Marinho em defesa do golpe militar.

No início, Alckmin até tentou se diferenciar de Bolsonaro e marcar posição como o mais preparado para empreender as reformas necessárias. Fez isso quando relacionou o apoio do centrão à capacidade de aprovar essas propostas — “Quem prometer sem maioria é conversa fiada”.

No final das contas, no entanto, sobressaíram mais os passivos elencados por Renata e Bonner do que propriamente alguma mensagem do candidato.

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