Pesquisas reforçam Bolsonaro e PT no segundo turno das eleições, diz Eurasia

Consultoria de risco político vê apoio a deputado consolidado e força de Lula para transferir votos a herdeiro político

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A nova onda de pesquisas eleitorais divulgadas para a corrida presidencial mostra uma solidificação da base do deputado Jair Bolsonaro (PSL), líder na disputa nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a tendência de uma disputa de segundo turno entre ele e um candidato petista. Essa é a leitura que fazem os analistas da consultoria de risco político Eurasia.

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Para eles, mesmo que Lula, condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, seja impedido de participar da disputa em função da Lei da Ficha Limpa, ele ainda tem elevado potencial de transferir votos a um herdeiro político — provavelmente Fernando Haddad — e colocá-lo entre os dois candidatos mais bem votados na na primeira etapa da corrida presidencial.

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A menos de dois meses do primeiro turno, os analistas da Eurasia veem vantagem para Bolsonaro e o PT na disputa, a despeito do expressivo tempo de televisão e estrutura construídos pelo candidato Geraldo Alckmin (PSDB), que ainda patina nas pesquisas.

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“A base de Bolsonaro parece ter se solidificado. Não apenas seu apoio espontâneo é de 15%, mas 70,7% dos apoiadores de Bolsonaro dizem que seu apoio a ele ‘definitivamente não mudará’. Isso é muito mais elevado que o registrado por Marina Silva (33,9%), Alckmin (36,7%) e Ciro Gomes (37,3%). Isso sugere que essa eleição tem dois polos fortes: Bolsonaro em um lado e o PT liderado por Lula no outro, quem tem grande potencial para elevar Fernando Haddad na campanha”, escreveram os especialistas em relatório a clientes.

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A Eurasia cita o apoio de 32% a Lula no Rio Grande do Sul, segundo o último levantamento Ibope, como uma sinalização de que a força do PT não se limita ao Nordeste e está espalhada por distintas regiões do País. Na outra ponta, eles destacam que Bolsonaro roubou parte da base tradicional de Alckmin, tendo sua melhor performance em estados em que os tucanos venceram na disputa de 2014.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.