Bolsonaro e Alckmin dividem liderança em SP, mas tucano venceria com folga segundo turno, mostra XP/Ipespe

Em comparação com outras pesquisas, tucano apresenta melhora na disputa por votos em seu colégio eleitoral

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Três candidatos dividem a preferência dos eleitores paulistas para a corrida presidencial: o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), com 20% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o mesmo patamar, e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 19%. É o que mostra pesquisa feita pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) entre 26 e 28 de julho, a primeira por encomenda da XP Investimentos no estado de São Paulo.

Segundo o levantamento, nos cenários que desconsideram a candidatura do líder petista, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro e ameaçado pela Lei da Ficha Limpa, o parlamentar e o tucano aparecem tecnicamente empatados, com cerca de 20%. Os brancos, nulos e indecisos somam até 29% do eleitorado. Cotado para ser o substituto de Lula na corrida presidencial, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad aparece com 5% das intenções de voto ou 10%, quando é explicitado apoio do ex-presidente à sua candidatura. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com os números SP-07091/2018 e BR-01505/2018. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Em uma comparação com pesquisas presidenciais realizadas em São Paulo em um intervalo de até um mês, Alckmin aparece melhor desta vez. Na pesquisa Ibope, divulgada em 26 de junho, o tucano tinha entre 13% e 15% das intenções de voto, numericamente atrás de Bolsonaro, que pontuava entre 17% e 19%, dependendo do cenário de primeiro turno considerado. Já em levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas, Alckmin tem entre 16% e 19%, ao passo que Bolsonaro aparece com 21% ou 22%. Antes, o cenário para o candidato do PSDB era de derrota numérica em seu próprio colégio eleitoral. Agora, pelo menos há um empate. Embora exista diferença entre as metodologias aplicadas pelos institutos e as pesquisas tenham sido feitas em datas distintas, a variação nos votos de Alckmin pode chamar atenção.

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Confira os cenários de primeiro turno testados pela pesquisa:

Cenário 1: com Fernando Haddad candidato pelo PT

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Cenário 2: com Lula candidato

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Cenário 3: com Fernando Haddad, “apoiado por Lula”

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Confira a série histórica das pesquisas XP/Ipespe.

Para acessar a íntegra da pesquisa, clique aqui.

Segundo turno

Foram testadas três situações de segundo turno entre os eleitores paulistas. Em eventual disputa entre Alckmin e Haddad, o tucano venceria por 50% a 19%, com 31% de brancos, nulos e indecisos. Já quando Bolsonaro e Haddad são confrontados, o deputado aparece na frente por 36% a 27%, com 37% de brancos, nulos e indecisos. Caso a disputa seja entre Alckmin e Bolsonaro, o ex-governador aparece com 43% das intenções de voto, contra 28% do deputado. Neste caso, o grupo dos “não voto” somaria 30%.

Rejeição aos candidatos

Como em outras pesquisas, embora lidere a corrida presidencial, o ex-presidente Lula também tem o mais elevado índice de rejeição. Em São Paulo, a taxa do petista é ainda mais elevada: 69%. Logo atrás, aparecem Haddad, com 64%; o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 63%, e a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 61%. A tabela abaixo detalha as taxas de rejeição e convicção dos eleitores no voto nos principais nomes cotados para a corrida presidencial:

rejeição

Para acessar a íntegra da pesquisa, clique aqui.

Metodologia

A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone, entre os dias 26 e 28 de julho, e ouviu 1.000 entrevistados em todas as regiões do Estado. Os questionários foram aplicados “ao vivo” por entrevistadores (com aleatoriedade na leitura dos nomes dos candidatos nas perguntas estimuladas) e submetidos a fiscalização posterior em 20% dos casos para verificação das respostas. A amostra representa a totalidade dos eleitores paulistas com acesso à rede telefônica fixa (na residência ou trabalho) e a telefone celular, sob critérios de estratificação por sexo, idade, nível de escolaridade, renda familiar etc.

O intervalo de confiança é de 95,45%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem de erro máxima, estabelecida em 3,2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelos códigos SP-07091/2018 e BR-01505/2018 e teve custo de R$ 30.000,00.

O Ipespe realiza pesquisas telefônicas desde 1993 e foi o primeiro instituto no Brasil a realizar tracking telefônico em campanhas eleitorais, a partir de 1998. O instituto tem como presidente do conselho científico o sociólogo Antonio Lavareda e na diretoria executiva, Marcela Montenegro.

Em entrevista concedida ao InfoMoney em 12 de junho, Lavareda explicou as diferenças de metodologias adotadas pelos institutos de pesquisa e defendeu a validade de levantamentos feitos tanto presencialmente quanto por telefone, desde que em ambos os casos procedimentos metodológicos sejam seguidos rigorosamente, com amostras bem construídas e ponderações bem feitas. Veja as explicações do sociólogo:

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.