O eleitor quer um contraponto não só na economia, mas nos valores, diz Flávio Rocha

Entrevista ao vivo faz parte de uma série promovida pelo InfoMoney com os presidenciáveis

Marcos Mortari

Publicidade

SÃO PAULO – Existe uma carência do eleitor com uma candidatura que seja liberal na economia e conservadora na seara dos costumes. Essa é a avaliação do empresário Flávio Rocha, que decidiu filiar-se ao PRB para disputar a eleição para a presidência da República pela legenda. Na avaliação dele, o discurso liberal está “na moda”, mas hoje não há candidaturas que o combinem a uma crítica ao que ele chama de “erosão de valores”.

O empresário do grupo Guararapes, controlador da varejista Riachuelo, esteve no InfoMoney, na manhã desta segunda-feira (7), para uma entrevista ao vivo.Também participou da transmissão o analista político Carlos Eduardo Borenstein, da consultoria Arko Advice.

Quer saber mais sobre o cenário político e como se aproveitar dele? Clique aqui e assine o Mapa Político

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“O eleitor quer um contraponto, uma antítese ao que vinha daqui para trás, não só na economia. Tem muita gente defendendo brilhantemente o liberalismo econômico, uma maior eficiência do Estado, privatizações, mas essa eleição se dará no campo dos valores. O que está realmente mobilizando a grande parte do eleitorado brasileiro que está se sentindo órfão é a absoluta inversão de valores que caracterizou a erosão de coisas sagradas no imaginário no que motiva o voto”, afirmou Rocha.

“Falta realmente alguém que defenda as ideias boas na economia, a liberdade econômica, mas também uma contestação indignada a esse período do ‘bagunçar para governar’, da erosão dos valores da sociedade que gerou explosão de criminalidade e os piores escândalos de corrupção da história”, complementou.

O empresário espera que sua candidatura ocupe o espaço de “centro” político e que seja capaz de liderar um processo de aglutinação deste espectro político, hoje dividido em uma série de candidaturas. “Estamos em um titanic em que a opção é colidir com o iceberg da extrema esquerda ou com o iceberg da extrema direita. Temos obrigação de construir uma larga passagem pelo centro, que não abra mão de liberdade política nem econômica”, disse.

Continua depois da publicidade

Rocha não descarta a possibilidade de abrir mão de sua candidatura para a consolidação de uma coalizão ampla no campo da centro-direita. “Se este for o preço a ser pago para construir essa coligação”, reconheceu. Mas o empresário ponderou: “mas estamos bastante otimistas com relação às perspectivas. Sou, de longe, o mais desconhecido dos candidatos. Dentro do especto de centro, somos os que têm mais chances de crescer e liderar esse processo”. Na última pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 11 e 13 de abril, o empresário aparece com 1% das intenções de voto nos 7 cenários em que seu nome é considerado.

Como reforço à busca por uma candidatura localizada mais ao “centro” do espectro político — e embora se autointitule candidato liberal –, Rocha nega o tradicional discurso do Estado mínimo. “Não sou daqueles apologistas do Estado mínimo, mas de um redesenho total do Estado”. Confira a íntegra da entrevista pelo vídeo abaixo:

Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.