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SÃO PAULO – Em entrevista aos jornais Folha de S. Paulo e Valor Econômico publicadas entre o último domingo e esta segunda-feira, o conselheiro de Ciro Gomes, um dos candidatos do campo da esquerda mais bem posicionados nas pesquisas em cenários sem participação de Lula, deu algumas indicações sobre como seria a condução da economia caso o presidenciável pelo PDT fosse eleito.
O conselheiro é o economista Nelson Marconi, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e faz parte da AKB (Associação Keynesiana Brasileira) e integra o grupo dos pesquisadores do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo, também da FGV. Classificando-se como um “desenvolvimentista sem medo de ser feliz”, Marconi deixou claro o “risco-Ciro” para os mercados, ao se mostrar contra as privatizações “em setores estratégicos” (citando energia, caso da Eletrobras), ser a favor da participação ativa do estado na economia e defendendo um câmbio artificialmente desvalorizado.
O economista afirmou que o dólar entre R$ 3,80 e R$ 4,00 estaria no patamar necessário para favorecer indústria e crescimento, tendo uma margem de lucro semelhante a do exterior. Ele ainda defendeu que o Brasil adote uma política desenvolvimentista, mas a diferencia da que foi implantada pela ex-presidente Dilma Rousseff. Adotando um discurso próximo da centro-esquerda, diz que “é preciso respeitar a eficiência do mercado”, mas destaca a necessidade de uma reforma tributária “que acelere a distribuição de renda”, disse ele ao Valor.
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Já para a Folha de S. Paulo, ele afirmou que mercado e estado são complementares e que existem setores estratégicos – energia elétrica, petróleo – que não podem ser privatizados, mostrando especial contrariedade com a privatização da Eletrobras (ELET6). No que se refere a concessões, Marconi diz que é ótimo privatizar estradas e aeroportos.
Marconi ainda afirmou que avaliaria a mudança nas regras de exploração do pré-sal. Até 2016, a Petrobras era obrigada a ser a operadora única do pré-sal, cujas camadas estão localizadas entre 5 mil e 7 mil metros abaixo do nível do mar. A regra foi alterada em novembro pelo Congresso e, a partir de então, a estatal garantiu autonomia para decidir quando participar ou não de um leilão.
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