General Mourão acusa Temer, elogia Bolsonaro e diz que Forças Armadas “estão atentas”

Em palestra, general da ativa destacou sua visão sobre o quadro político atual e apontou que Temer "vai aos trancos e barrancos buscando se equilibrar e mediante o balcão de negócios chegar ao final de seu mandato"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em palestra proferida na última quinta-feira (7) em Brasília a convite do grupo Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), o  general da ativa Antônio Hamilton Martins Mourão criticou o governo de Michel Temer, acusando de promover  um balcão de negócios para seguir no poder e elogiou a pré-candidatura presidencial do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).  

“Não há dúvida que atualmente nós estamos vivendo a famosa Sarneyzação (em referência ao ex-presidente José Sarney). O nosso atual presidente vai aos trancos e barrancos buscando se equilibrar e mediante o balcão de negócios chegar ao final de seu mandato”, disse ele.

Ao ser questionado sobre a candidatura de Bolsonaro, Mourão afirmou: “o deputado Bolsonaro já é um homem testado, é um político com 30 anos de estrada, conhece a política. E é um homem que não tem telhado de vidro, não esteve metido aí nessas falcatruas e confusões. Agora, é uma realidade, já conversamos a esse respeito, ele tem uma posição muito boa nessas primeiras pesquisas que estão sendo feitas, ele terá que se cercar de uma equipe competente, ele terá que atacar esses problemas todos, não pode fazer as coisas de orelhada, e obviamente, nós seus companheiros dentro das Forças olharmos com muito bons olhos a candidatura”.

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Já sobre a possibilidade de intervenção militar – tema que gerou polêmica ao ser sugerido por ele em setembro- , Mourão foi mais comedido, mas apontou que  o Exército pode ter o papel de “elemento moderador e pacificador”, agindo “dentro da legalidade”.

“Se o caos for ser instalado no País, e o que a gente chama de caos, não houver mais um ordenamento correto, as forças institucionais não se entenderem, não chegarem a uma conclusão daquilo que tem que ser feito, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento, atuando exatamente dentro dos três pilares que foram colocados pelo nosso comandante. Mantendo a estabilidade do País e não mergulhando o País na anarquia, agindo dentro da legalidade,  ou seja, dentro dos preceitos constitucionais e dos nossos objetivos nacionais permanentes e usando a legitimidade que nos é dada pela população brasileira”, afirmou. As Forças Armadas, segundo ele, estão atentas “para cumprir a missão” que cabe a elas. “Mas por enquanto nós consideramos que as instituições têm que buscar fazer a sua parte.”

Em setembro, ele afirmou que seus “companheiros do Alto Comando do Exército” entendiam que uma “intervenção militar” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”, em referência à corrupção de políticos. Naquele mês,  o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que o subordinado não receberia punição pelas afirmações.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.