O manifesto que será a base para a campanha eleitoral do PSDB em 2018

Em documento chamado "Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos", PSDB faz defesa por choque de capitalismo e privatizações

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Um dia após a escolha de Geraldo Alckmin para disputar a presidência do partido, o PSDB apresentou na tarde desta terça-feira um documento-manifesto, elaborado pelo Instituto Teotônio Vilela, que servirá como base para a campanha presidencial de 2018, chamado “Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos”. Confira o documento clicando aqui. 

O documento com as diretrizes partidárias contém 26 páginas e faz defesa de reformas previdenciária e tributária, além de privatizações e da meta de dobrar a renda per capital em 20 pontos, além da defesa de um “choque de capitalismo”, remontando a Mário Covas que, em discurso no Senado em 1989, quando lançou seu nome à corrida presidencial daquele ano pelo PSDB, afirmou. 

“Ainda hoje o Brasil espera pelo ‘choque de capitalismo’ proposto por Mario Covas em 1989 e que agora, mais que nunca, também depende de um choque de planejamento e de reorganização do Estado, com maior participação da sociedade civil e da cidadania”, afirma o documento.

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Em tópicos, o PSDB resume qual é o mote para a renovação das suas estratégias. São eles: i) retomar o crescimento; ii) combater a pobreza e as desigualdades; iii) oferecer igualdade de oportunidades para todos; iv) eliminar privilégios consolidados por décadas; v) prestar serviços públicos adequados, a começar pela educação, pela saúde e pela segurança; vi) fortalecer a federação e vii) promover o desenvolvimento regional.

O partido tem como uma das bases a redução da máquina estatal, redução do número de ministérios, cargos e órgãos, além de defender um amplo programa de privatizações, ao destacar que apenas as estatais e empresas públicas que se justificarem devem ser mantidas em poder do Estado. “Mas todas, sem exceção, só devem existir se colocadas a serviço do interesse geral da sociedade, e não submetidas a interesses escusos de particulares, partidos, grupos políticos, empresas ou corporações”, afirma o documento. 

Por outro lado, o documento alega que, o livre mercado desempenha importante papel na dinâmica capitalista. Porém, por si só, não é capaz de assegurar a distribuição mais equânime das riquezas produzidas e superar assim as desigualdades e a pobreza. “Torna-se necessária, portanto, a intervenção do Estado democrático”, descreve o texto.

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Os tucanos fazem duras críticas ao PT no manifesto, afirmando que o populismo e irresponsabilidade das gestões petistas exauriram o legado da gestão de FHC, “afundando o País na mais profunda e longa recessão da história”.

“Daí a necessidade de superar a desigualdade social e de renda pelo crescimento econômico: o inescapável instrumento para vencer o desafio de superar a desigualdade social e de renda é o crescimento econômico, atualmente bloqueado por duas graves crises: a de financiamento do Estado brasileiro e a de representatividade política. Ambas ameaçam pilares da nossa democracia.”

O partido ainda afirma que a atividade pública não pode servir ao enriquecimento pessoal, mas somente ao bem comum. “Não compactuaremos com a corrupção, a desonestidade, a falta de ética, os desmandos”, diz o texto.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.