Empresários lançam fundo eleitoral e concedem bolsas de até R$ 8 mil para candidatos a 2018

O fundo é iniciativa de um grupo de empresários, capitaneado pelo presidente da Somos Educação e sócio da Tarpon Investimentos, Eduardo Mufarej, de forma  a renovar a política brasileira 

Lara Rizério

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SÃO PAULO –  Envolto em algumas polêmicas desde que foi anunciado, o Fundo Cívico para a Renovação Política, ou FundoRenovaBR, foi lançado na manhã desta sexta-feira (6) em evento no Google Lab, em São Paulo. O fundo é iniciativa de um grupo de empresários, capitaneado pelo presidente da Somos Educação (SEDU3) e sócio da Tarpon Investimentos, Eduardo Mufarej, de forma a renovar a política brasileira e apresentar contrapontos ao establishment nacional. 

O fundo concederá bolsas entre R$ 5 mil e R$ 8 mil para candidatos que queiram tentar uma vaga no Legislativo no ano que vem. “Não se trata de financiamento de campanha. É um programa de formação e desenvolvimento de lideranças que eventualmente poderão se tornar candidatos no ano que vem”, afirmou Mufarej, segundo informações do jornal O Globo. A iniciativa conta com apoios como o do  ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, do apresentador Luciano Huck e da atriz Maitê Proença.

O programa será dividido em três módulos: eles incluem ensino à distância, disciplinas eletivas e aulas presenciais. Os interessados terão cursos sobre história do Brasil, “media training” e estratégia eleitoral.

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Segundo Mufarej, os bolsistas serão escolhidos com base em critérios como combate à corrupção, gestão fiscal responsável e promoção da sustentabilidade. As inscrições começam no sábado (7) e vão até o fim deste mês, e os bolsistas terão aulas de janeiro a junho de 2018. Os candidatos passarão por etapas online, testes, entrevistas e avaliações. 

As bolsas serão concedidas entre janeiro e junho do ano que vem. Os valores, de acordo com o movimento, foram estimados com base em salários de processos de trainee em grandes empresas. A justificativa de Mufarej é de que a bolsa serve como ajuda para equilibrar a concorrência com políticos de longa data. O empresário afirmou ainda que qualquer pessoa que tiver mais de 21 anos pode tentar uma vaga, independente de filiação partidária, desde que tenha ficha limpa e nunca tenha ocupado mandatos políticos. “Não temos como ambição monitorar mandatos e pautar candidatos”, afirmou. 

Segundo o empresário, os bolsistas terão liberdade para escolherem seu partido. As duas únicas contrapartidas pedidas são: caso eleitos, prezarem pela transparência e cumprirem o mandato. 

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A criação do fundo gerou polêmica nesta semana: o deputado Jorge Solla (PT-BA) pediu à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, investigação sobre os “reais objetivos do grupo” e que “seja expedida determinação pela imediata suspensão” de sua criação.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.