Eduardo Cunha e Lúcio Funaro: as duas novas “delações-bomba” que estão próximas de acontecer

Os dois já estariam com as negociações adiantas e Funaro foi até transferido para a carceragem da Polícia Federal nesta quarta-feira

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Dois dos nomes mais importante do PMDB nos últimos anos estão cada vez mais próximos de realizarem delação premiada. O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e Lúcio Funaro, operador do partido, estão com as negociações bastante adiantadas para fecharem seus acordos com as autoridades, segundo informaram diversos veículos da imprensa nesta quarta-feira (5).

Segundo informações do BuzzFeed, as duas delações deverão ser usadas para embasar a próxima denúncia a ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer por acusação de obstrução da Justiça.

O site afirma ainda que os investigadores e as defesas de Cunha e Funaro já estão negociando, separadamente, as cláusulas do acordo de colaboração, e que o “roteiro” das ilegalidades a serem descritas e os personagens envolvidos já foram entregues pelas respectivas defesas.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Merval Pereira, colunista do jornal O Globo, afirmou que a delação de Funaro vai envolver toda a cúpula do PMDB, inclusive o presidente Michel Temer. Segundo ele, “ninguém vai sobreviver” já que estarão tanto da delação do operador quando na do ex-deputado. Além disso, ele também aponta para a possibilidade do ex-ministro Geddel Vieira Lima também realizar uma delação no futuro.

Ajudou a agitar o noticiário sobre a delação também a notícia de que Funaro foi transferido nesta quarta do Complexo Penitenciário da Papuda para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília. O operador vai passar uma temporada de dez dias na sede da PF, até o dia 14 de julho.

A decisão foi do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, que mandou prender Funaro provisoriamente na Operação Sépsis, há um ano. A diretoria do Centro de Detenção Provisória da Papuda recebeu comunicado eletrônico da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para transferir Funaro imediatamente, com escolta da PF.

Continua depois da publicidade

Segundo Lauro Jardim, a delação de Cunha está mais adiantada que a de Funaro. A questão é que a tensão está aumentando no Planalto e estas novidades podem complicar ainda mais o cenário para Temer, que agora se defende no Congresso da denúncia apresentada contra ele.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.