Vazamento, mentira de Trump e Rússia: os destaques do depoimento “explosivo” de James Comey

Os destaques do testemunho dado pelo ex-diretor do FBI na tarde desta quinta-feira (8)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Amplamente esperado pelo mercado, o depoimento do ex-diretor do FBI, James Comey, levantou muitas questões e agitou os Estados Unidos nesta quinta-feira (8), trazendo uma série de detalhes sobre sua relação com o presidente Donald Trump.

A imprensa americana tratou o testemunho como “explosivo”, mas ainda não há muito direcionamento do quanto isso irá afetar Trump. Confira abaixo os principais pontos e declarações feitas pelo ex-diretor do FBI:

– Comey confirmou que vazou informações ao New York Times, por meio de um amigo, sobre suas negociações com o presidente Donald Trump para estimular a nomeação de um conselho especial para lidar com a situação russa. O amigo é um professor na Universidade de Columbia.

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– Ele está furioso que Trump e seus assessores tentaram “difamar” sua reputação e dizer “mentiras” sobre o FBI supostamente estar desordenado como uma desculpa para o tirar do cargo. “Essas eram mentiras, simples”, disse ele.

– Comey pensou que Trump também poderia “mentir” sobre suas reuniões e é por isso que ele começou a tomar notas sobre suas conversas. Ele nunca fez isso com os presidentes Barack Obama ou George W. Bush.

– O ex-diretor não sabe exatamente por que ele foi demitido. Ele disse que Trump repetidamente disse que ele estava fazendo um ótimo trabalho até pouco antes de ele ser demitido. Comey afirmou que as explicações da Casa Branca “me confundiam” e “não faziam sentido para mim”.

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– O FBI não estava investigando Trump quando o presidente demitiu Comey no dia 9 de maio.

– Comey não está disposto a acusar Trump de obstrução da justiça, embora ele ache que o conselho especial que assumiu a investigação examinará o assunto. “Eu não acho que seja para mim dizer se a conversa que tive com o presidente foi um esforço para obstruir”, afirmou.

– O ex-diretor reconheceu publicamente, pela primeira vez, a maneira polêmica em que tratou a investigação do vazamento de emails de Hillary Clinton e que ela foi influenciada por uma reunião em uma pista aérea em um aeroporto entre Bill Clinton e a ex-procuradora-geral Loretta Lynch. Ele também admitiu que Lynch o pressionou para caracterizar o caso publicamente como uma “questão” em vez de uma investigação.

– Comey reconheceu publicamente que o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn foi objeto de uma investigação criminal.

– Comey admitiu que ele poderia ter sido “mais forte” em como ele lidou com os pedidos inadequados do presidente para mostrar lealdade ou deixar a investigação contra Flynn. Comey até usou a palavra “covarde” em um ponto. “Talvez, se eu fizesse novamente, faria melhor”, disse ele.

– Ele vê os meios de comunicação como “gaivotas na praia”. Ele disse que não queria alimentar o rebanho fora de sua casa depois de demitir-se, fornecendo-lhes informações numa altura em que ele queria sair de Washington com sua esposa.

– Comey também caracterizou como muito falso pelo menos um relatório do New York Times alegando múltiplos contatos entre associados de Trump e autoridades russas antes da eleição.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.