Ex-OGX esclarece delação de Mônica Moura sobre campanha de Haddad

Companhia negou ter feito pagamento em caixa 2 à campanha do ex-prefeito de São Paulo em 2012

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A OGpar, ex-OGX (OGXP3), publicou na madrugada desta sexta-feira um fato relevante com esclarecimentos sobre conteúdo da delação da empresária Mônica Moura que faz menção à companhia. 

A petroleira negou que tenha feito pagamentos irregulares ao marqueteiro João Santana durante a campanha eleitoral de Fernando Haddad (PT) em 2012 para a prefeitura de São Paulo. Segundo afirmou em delação premiada Mônica Moura, esposa do publicitário, a OGX teria feito pagamentos à campanha de Haddad com caixa 2 depositados em conta no exterior. O valor seria intermediado por Flavio Godinho; no comunicado, a empresa afirmou que ele não exercia nenhuma atividade executiva na empresa e não constam registros de pagamentos e contratos mencionados pela delatora.

Confira o fato relevante da OGpar:

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Nos documentos disponibilizados pelos veículos de comunicação, os quais trariam os acordos de colaboração da Sra. Mônica Regina Cunha Moura, consta a seguinte menção à “OGX”:

 “MONICA MOURA procurou o executivo FLAVIO GODINHO, da OGX, no escritório da empresa no Rio de Janeiro, que exigiu que o valor fosse pago no exterior, sendo então realizado depósito na conta da SHELLBILL. Contudo, para o pagamento, FLAVIO GODINHO exigiu a elaboração de um contrato fictício entre a SHELLBILL e uma offshore do EIKE BATISTA de nome GOLDEN ROCK, localizada no Panamá. Já desesperados para receber os valores, MONICA teve que aceitar fazer o contrato, sendo que após, em meados de 2013, foi firmado o contrato e realizada a transferência dos valores.”

 Acerca das referidas matérias e documentos disponíveis, cabe esclarecer que:

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(i)  Quanto ao Sr. Flavio Godinho, o mesmo não exerce e não exercia em 2012/2013 qualquer cargo na administração das Companhias, seja no Conselho de Administração, Diretoria ou qualquer outro órgão executivo;

(ii)  Quanto à “transferência de valores” e celebração de um “contrato fictício”, em análise dos documentos disponibilizados pelos veículos de comunicação, verifica-se que não há qualquer registro de pagamentos realizados pela OGX ou suas controladas ou mesmo contrato em que figurem como partes. A empresa “Golden Rock”, mencionada nas matérias e citada nos documentos, não integra a estrutura societária das Companhias;

(iii) Mesmo diante do exposto no item (iii) acima, ao tomar conhecimento das referidas matérias e documentos, os diretores das Companhias iniciaram imediatamente uma busca nos registros contábeis e de pagamentos das Companhias e suas controladas, não tendo sido identificado qualquer transferência de valores à “Shellbill”;

(iv)  Como já informado em resposta a ofícios da Comissão de Valores Mobiliários de 26/01/2017, o Sr. Eike Fuhrken Batista não exerce qualquer função na administração das Companhias, seja na diretoria ou no conselho de administração, não exercendo, portanto, qualquer influência em seus negócios. As Companhias estão, desde 2013, integralmente focadas no cumprimento de seus respectivos planos de recuperação judicial, os quais contaram com aprovação maciça dos credores, e nos compromissos assumidos junto aos demais stakeholders.

Não obstante os indícios de referência equivocada à OGX, as Companhias possuem total interesse na elucidação de quaisquer assuntos envolvendo condutas ilegais em que sejam citadas e colocam-se à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários, bem como para a continuidade da apuração dos fatos.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.