Em plebiscito informal, mais de 95% votam pela separação da região do Sul do resto do Brasil

Consulta foi realizada no último sábado e mostrou uma larga vantagem pela separação, mas número de votantes ficou abaixo do esperado

Lara Rizério

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SÃO PAULO – No último fim de semana, enquanto os brasileiros se prepararam para votar para as eleições municipais, outra votação acontecia – e bastante polêmica. No último sábado, um plebiscito informal realizado no Sul do Brasil trouxe números bem expressivos, conforme aponta o jornal Folha de S. Paulo: se dependesse de 95,75% dos 617.543 consultados em um plebiscito informal, um novo país seria criado com a separação do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina do resto do Brasil.

Segundo o movimento separatista “O Sul é o meu País”, apenas 4,25% dos participantes foram contrários ao projeto. A maior parte dos votos contrários se concentraram no Paraná: 11,18% de 24.051 consultados votaram “não”. Já o Rio Grande do Sul teve a menor percentagem de contrários à separação, com apenas 2,79% de 320.280 votantes. Já em Santa Catarina, 5,37% dos 273.212 votaram contra a separação.

O número de votantes no plebiscito ficou abaixo da meta inicial planejada, de 1 milhão de pessoas, equivalente a 5% dos eleitores do Sul. No sábado, foram distribuídas 4 mil urnas em 2 mil pontos de votação. Contudo, o plebiscito não tem validade legal.  

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O movimento O Sul é O Meu País foi criado em 9 de abril de 1992. O representante Celso Deucher, destaca que o movimento é adepto do estado mínimo. Deucher ainda aponta que uma das principais razões para a ideia da separação da região Sul do Brasil é a diferença entre o que os três estados do Sul arrecadam para a União e o que é devolvido para eles. O representante do movimento aponta que o Sul “não pode ficar escravo de Brasília”. 

Diante do resultado, os separatistas pretendem encaminhar um documento para o Congresso, o STF (Supremo Tribunal Federal) e a Presidência da República com um alerta sobre a insatisfação dos sulistas. Vale destacar que a indissolubilidade da União é cláusula pétrea da Constituição Federal, sendo necessária a convocação de uma assembleia constituinte para tanto.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.