Publicidade
SÃO PAULO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) concedeu entrevista para a Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, nesta sexta-feira e voltou a afirmar que a melhor alternativa para a crise política é a renúncia da presidente Dilma Rousseff.
“Como está em situação delicada, com baixa popularidade e dificuldades no Congresso, a presidente deveria dizer: me deem tais e tais reformas, para criar um clima mais positivo no Brasil, que eu saio. Na minha opinião, ou a presidente chama o país às falas e apresenta um caminho crível para governar, ou então deixa uma marca forte [a renúncia]. ‘Saio se aprovarem tais e tais coisas, uma reforma eleitoral, uma reforma da Previdência, para criar um clima mais positivo. Se fizerem isso [o Congresso], eu [Dilma] caio fora'”, afirmou.
Na entrevista, realizada por conta do lançamento do livro “Diários da Presidência”, ele se mostrou cético com relação à situação da presidente atual: “Do jeito que está, ela pode até ficar (até o fim do mandato), mas vai empurrar o tempo com o barriga sem conseguir resultados satisfatórios”. Assim, a renúncia seria o “menos custoso” ao País.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
“Impeachment é um processo longo. É um debate que paralisa o País. Uma decisão do Tribunal (Superior) Eleitoral que anule a eleição provoca também uma grande confusão, eleição de novo”, afirmou FHC. “Tudo isso é muito fácil de falar, mas quem conhece o processo histórico sabe que tem um custo para o país muito elevado.”
FHC ainda defendeu que o PSDB seja implacável contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): “diante de tudo o que já se publicou, com toda a documentação sobre as contas secretas, com tudo comprovado e tal, Cunha está perdendo condições morais de ser presidente da Câmara. O PSDB deve ser implacável com ele”, afirmou.
As críticas também se estenderam ao ex-presidente Luz Inácio Lula da Silva ao dizer que a sua sombra é ruim para o país e para o governo. “Atrapalha o poder da presidente. Ele [Lula] está se expondo muito. Não sou de jogar pedras no passado, reconheço que o ex-presidente fez coisas importantes para o país. Mas essa sombra não é boa nem para ele e nem para o país”, disse.
Continua depois da publicidade
Dilma completa 1 ano de mandato: como foi o desempenho de Bolsa dólar e mais 36 ativos? Deixe o email abaixo e confira: