Copel deverá postergar o repasse do reajuste tarifário autorizado pela Aneel

Companhia tem mostrado sistematicamente intervenção política em sua gestão; descontos anulam parte do reajuste

Equipe InfoMoney

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SÂO PAULO – É bastante relevante para a Copel, estatal paranaense de energia, a questão de seu repasse tarifário, uma vez que ele tem forte impacto em seus resultados. Nesse sentido, a empresa tem sistematicamente não repassado aos consumidores a totalidade do reajuste tarifário autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Isso tdem prejudicado suas receitas.

A corretora Ágora Senior e o Banco Espírito Santo (BES) divulgaram relatório na última terça-feira, dia 29 de março, comentando os principais pontos do conference call realizado pela Copel, que contou com a presença de seu CEO, Rubens Ghilardi. A questão do reajuste tarifário foi mencionada nos dois relatórios.

Empresa não tem repassado o reajuste integral

Em 2003, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou a Copel a reajustar em 25% a média da sua tarifa. Entretanto, a empresa concedeu um desconto tarifário da mesma magnitude aos clientes adimplentes. Ao longo de 2004, a companhia reduziu esse desconto, aplicando, portanto parte do reajuste.

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Em 2004, a empresa foi autorizada pela Aneel a reajustar sua tarifa em 14,43%. A Copel novamente concedeu um desconto, que foi reduzido em 5% apenas em fevereiro de 2005, restando cerca de 9% a serem aplicados.

Reajuste em 2005 deverá ser postergado

A empresa comunicou em seu conference call que espera reajuste para junho entre 7% e 8%, referente a 2005. Para os analistas do Ágora Senior, ficou claro que os 9% restantes do reajuste de 2004 deverão ser considerados em junho. Isso fará com que seja postergado o reajuste de 2005, como vem ocorrendo ano a ano com a Copel. A corretora ressaltou que novamente foi verificada a intervenção política na gestão financeira da empresa.

Os analistas do BES também afirmaram que a política de descontos poderá continuar no próximo reajuste, com base no comentário do CEO da empresa, de que ainda está indefinida a interferência do governo em futuros reajustes anuais. O relatório mostrou ainda que o nível de inadimplência tem caído, passando de 5,4% do faturamento de junho de 2003, para 2,3% em dezembro de 2004.

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