Como o “apagão” pode ajudar as ações das estatais na Bovespa? HSBC explica

"Se o racionamento de energia elétrica não puder ser evitado, há um risco de que ele tenha um impacto político devastador, possivelmente afetando o resultado das eleições", afirma analista

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Em meio aos recentes atritos com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a equipe de análise do HSBC deixou ainda mais clara sua interpretação de que uma mudança no comando do governo brasileiro traria bons efeitos para as ações das companhias estatais na Bovespa. Para eles, o mercado responderia com muito mais otimismo caso a atual presidente Dilma Rousseff fosse derrotada nas eleições presidenciáveis deste ano.

Em relatório intitulado “Brazil equity insights – racionamento de energia elétrica: ganhos e perdas”, os analistas da instituição financeira pontuaram os efeitos que um possível racionamento de energia elétrica poderia trazer à economia do País e o que isso poderia representar de riscos às aspirações do Partido dos Trabalhadores emplacar sua segunda reeleição seguida, completando 16 anos consecutivos no poder.

“Se o racionamento de energia elétrica não puder ser evitado nos próximos meses, há um risco de que ele tenha um impacto político devastador, possivelmente afetando o resultado das eleições presidenciais de outubro”, explica o analista Andre Carvalho do HSBC, lembrando que o racionamento de energia elétrica de 2001 teve severos impactos nos índices de aprovação. Ou seja, se houver racionamento de energia neste ano, os caminhos para Dilma conquistar a reeleição serão muito mais pedregosos.

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Dando sequência ao raciocínio, Carvalho diz que tal cenário de risco poderia ser bom para as ações das companhias estatais, uma vez que o mercado já deu sinais de aversão à administração do governo Dilma e preferência a outras formas de gestão menos intervencionistas e com políticas econômicas que demonstrem maior clareza e coerência à visão deles.

Esse cenário extremo pode acabar sendo favorável para os candidatos de oposição (por exemplo, PSB ou PSDB) e, portanto, para as ações das estatais, para alguns setores regulados (como serviços públicos e rodovias “pedagiadas”) e bancos”, conclui o analista do HSBC.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.