Eleição apertada nos EUA pode trazer instabilidade para bolsas mundiais

Empate técnico entre candidatos dificulta planejamento para o futuro, mundo pode passar por "election cliff"

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Faltam 5 dias para as eleições presidenciais norte-americanas, contestadas entre o presidente democrata Barack Obama e seu opositor republicano Mitt Romney. Em um dos pleitos mais apertados da história, pesquisas mostram que ambos os candidatos possuem 47,4% cada um das intenções de votos – um empate. 

Embora o sistema eleitoral dos Estados Unidos, em que a vitória em cada estado significa eleger representantes para o colégio eleitoral, permita que Obama segure uma pequena vantagem – tudo pode mudar até a terça-feira (6). E esse clima de indecisão pode ser extremamente prejudicial para as bolsas ao redor do mundo.

Se há algo que o mercado detesta é a indecisão. Isso não permite que se tracem planos para o futuro, já que o panorama pode ser alterado a qualquer momento. E a respeito do homem mais poderoso do mundo, comandante da maior economia mundial, está tudo aberto. E pode estar pelos próximos meses. 

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Diversos estados norte-americanos exigem recontagens em casos de votações muito apertadas – um processo que pode durar semanas ou meses. Com os candidatos empatados, dificilmente um dos 50 estados não pedirão uma recontagem. Isso provoca que alguns investidores norte-americanos passem por um “election cliff” – o abismo eleitoral, em referência ao “fiscal cliff” que deverá ocorrer em janeiro do ano que vem.

Em 2000, o republicano George W. Bush derrotou o democrata Al Gore em uma das eleições mais apertadas da história. Derrotado no colégio eleitoral, mas com uma pequena vantagem de voto popular, Al Gore pediu a recontagem de votos em alguns estados chaves – como a Flórida. Isso fez com que o S&P 500, principal índice da bolsa norte-americana despencasse no mesmo dia, e fechasse com recuo de 8% naquele mês. 

E o humor dos investidores norte-americanos influencia todo o restante das bolsas ao redor do mundo – principalmente no Brasil, onde eles são responsáveis por grande parte do volume, e de acordo com muitos, com a direção do mercado.

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É claro que dificilmente teremos um pleito desses, já que antes de Bush e Gore, isso só tinha ocorrido no século XIX – mais de 124 anos atrás da eleição. Mas a possibilidade de que tenhamos problemas é grande. Fique atento ao “abismo eleitoral”. 

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