Pimco pode aceitar acordo com OGX para evitar calote, diz Bloomberg

Segundo gestor, é melhor gestora aceitar acordo do que buscar pagamento no tribunal de falências

Paula Barra

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SÃO PAULO – A Pimco, gestora do maior fundo de renda fixa do mundo, pode aceitar acordo com a OGX Petróleo (OGXP3) para tentar evitar exemplo da ATP Oil Gas Corp, informou a Bloomberg nesta quinta-feira (12).

Pode ser melhor para os credores da OGX, que incluem a Pimco e BlackRock, aliviar as dívidas de Eike, enquanto os ativos da empresa dão suporte aos papéis, do que buscar pagamento no tribunal de falências, disse Jason Brady, que administra US$ 89 bilhões na Thornburg Invetment Management, à agência de notícias. Em julho, o total de dívida da petrolífera detida pela Pimco era de US$ 576 milhões.

A Seaport Group disse que o colapso da OGX é semelhante ao da ATP, a companhia de petróleo com sede em Houston que vendeu ativos em processo de recuperação judicial para quitar empréstimos. A empresa ficou sem recursos pagar US$ 1,5 bilhão em títulos, que estão em “default” desde novembro e hoje são vendidos por menos de US$ 1. Diante disso, quando a OGX sinalizou uma menor produção em Tubarão Azul, algumas pessoas começaram a citar similaridades com a ATP, e isso se provou um exemplo. 

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A OGX tem US$ 3,6 bilhões em títulos sendo negociados a US$ 0,19 e poderá ficar sem caixa depois de não conseguir entregar a produção de petróleo inicialmente prometida. Especula-se que o acionista controlador da petrolífera, Eike Batista, está pedindo a investidores que injetem pelo menos US$ 250 milhões na empresa e aos credores que convertam seus títulos em ações para evitar recuperação judicial, disseram duas fontes que pediram anonimato à Bloomberg.