Pimco elege o investimento ‘campeão’ para 2010: títulos corporativos dos EUA

Dentro deste quesito, instituição aposta que questões como a reforma regulatória colocam notas do setor financeiro em evidência

Livia Teixeira

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SÃO PAULO – Questionada sobre qual o investimento “campeão” para 2010, a Pimco – maior gestora de títulos do mundo – aponta diretamente os títulos de dívida corporativa. Os argumentos são diversos. O principal deles, que estas notas devem superar a performance dos Treasuries com a melhoria das condições de crédito, o que tende a levar a demanda a superar a oferta por estas notas e, como consequência, gerar spreads consideráveis entre muitos títulos corporativos de “alta-qualidade” e o retorno oferecido pelos papéis do Tesouro norte-americano.

Crescimento da confiança
Dentre os fatores analisados pela instituição para criar esta perspectiva, aparece a confiança dos executivos das corporações, que tem aumentado em linha com os resultados de suas companhias. Além disso, a confiança na melhora da economia norte-americana também favorece, apesar de muitos permanecerem receosos com um crescimento sustentável do país após a possível retirada dos estímulos governamentais ao setor durante a crise econômica.

Bancos em foco
Entre estas questões, o setor financeiro dos Estados Unidos é destacado pela Pimco. Um dos motivos para acreditar no desenvolvimento do segmento em 2010 são as correntes devoluções dos empréstimos concedidos pelo Tarp (Troubled Assets Relief Program). Citigroup, Wells Fargo e Bank of America Merrill Lynch são algumas das instituições que já devolveram ao Tesouro dos EUA o que foi utilizado através do Tarp. 

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Aumento da regulação
O aumento da regulação no setor bancário deverá, segundo a Pimco, assegurar que os bancos mantenham os níveis adequados de capitalização. “Isso é positivo para os títulos de dívida corporativos, que estão no topo da estrutura de capital”, afirma a gestora.

Além disso, caso a economia norte-americana continue a melhorar, o crescimento de lucro dos bancos poderá apresentar uma repercussão mais acentuada do que o esperado, explica a Pimco. A regulamentação no setor pode ajudar a fortalecer os balanços das companhias e protegerá os portadores destes títulos.

Ainda há riscos no setor
“Investir nos bancos não significa a isenção de riscos”, relembra a Pimco. “Uma economia fraca ou uma nova recessão seria extremamente negativa para qualquer setor. Um aumento das taxas de juro no curto prazo, que poderia partir de estratégia do Federal Reserve para conter as expectativas de inflação, também impactaria negativamente as margens dos bancos”.