PIB, inflação e dólar nas alturas: o que acompanhar nesta semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após uma semana marcada pela quebra seguida de máximas históricas do dólar, os investidores começam dezembro de olho em uma agenda recheada de indicadores. Além disso, possíveis novidades sobre a guerra comercial e o IPO da maior petrolífera da Arábia Saudita também são destaques.

No câmbio, apesar de cair após fechar em R$ 4,26 na quarta, o dólar segue forte e a partir de segunda-feira (2) o Banco Central retoma os leilões conjugados da moeda à vista e swaps reversos

Nesta sexta-feira, a moeda voltou a subir forte desta vez impactada pela intervenção realizada pelo BC do Chile na moeda local. Por aqui, na última semana o ministro da Economia Paulo Guedes disse não se preocupar com o dólar alto, o que ajudou a fazer a moeda avançar ainda mais, chegando ao R$ 4,27 na máxima de fechamento.

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Ainda no mercado doméstico, uma bateria de indicadores irá demonstrar como está o andamento da economia nacional. Na terça-feira (3) sai o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, com as estimativas coletadas pela Bloomberg apontando para um crescimento de 0,5% no trimestre e 1,1% no anualizado.

A semana conta ainda com os números da produção industrial e balança comercial de novembro, que ganhou atenção especial dos analistas após o governo revisar na semana passada os números nas exportações.

Na sexta-feira (6) sai o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que de acordo com a Bloomberg deve acelerar, podendo superar os 3% no acumulado do ano. O número ganha destaque em meio às discussões provocadas pela alta do dólar e do preço da carne.

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Nos últimos dias, a pressão no câmbio eliminou apostas de que a Selic caia abaixo de 4,5% e chegou a trazer cautela até mesmo para o corte de 0,50 pp em dezembro sinalizado pelo Banco Central.

No corporativo, os investidores acompanham ainda duas ofertas primárias de ações, da Marisa (AMAR3) e Aliansce Sonae (ALSO3), que terão seus preços definidos durante a semana.

Agenda externa

Entre os principais destaques na agenda internacional será o Relatório de Emprego dos Estados Unidos (Payroll), na sexta-feira, que poderá reforçar a visão de que a economia americana está sólida, o que reduz espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve. Analistas consultados pela Bloomberg esperam a criação de 190.000 vagas em novembro. Ainda nos EUA, saem dados como ISM e ADP.

Na China, saem os números do PMI durante esta fim de semana, afetando mercado logo na segunda-feira. Na zona do Euro será divulgado o PIB na quinta-feira, enquanto o presidente do Banco Central Europeu discursa no Parlamento na segunda.

Atenção ainda para a reunião do grupo de países produtores de petróleo, Opep+, que pode afetar os preços da commodity – e refletir em empresas como Petrobras. O encontro ganhou destaque após as sinalizações de descontentamento da Arábia Saudita com o grupo.

De volta aos EUA, os investidores aguardam evidências de um acordo comercial com a China, principalmente com a proximidade do início das tarifas americanas sobre produtos chineses, que tem início dia 15 de dezembro.

O Ministério das Relações Exteriores da China alertou novamente sobre possível retaliação pela assinatura do presidente dos EUA, Donald Trump, em projeto que expressa apoio a manifestantes em Hong Kong, o que pode complicar um acordo entre os dois países.

Por fim, deve chamar atenção no noticiário corporativo global a precificação do IPO da maior companhia de petróleo da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, mesmo que esteja sendo ofertado apenas 1,5% do capital da empresa, que é a mais lucrativa do mundo.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.