PIB do Brasil só é melhor que Ucrânia e Venezuela entre 32 países, diz Austin

A economia da Ucrânia, que vive resquícios na guerra com a Rússia, caiu 6,4%, enquanto Venezuela, afundada numa profunda crise acentuada pela queda no preço do barril de petróleo, apresentou retração de 4,5%

Estadão Conteúdo

Publicidade

O desempenho da economia brasileira em 2015 só foi melhor do que o da Ucrânia e da Venezuela, com a 30ª posição num ranking de 32 países elaborado pela Austin Rating. O Produto Interno Bruto (PIB) do país teve queda de 3,8% no ano passado, o pior resultado desde 1990, quando havia retraído 4,35%, destacou a agência classificadora de risco.

A economia da Ucrânia, que vive resquícios na guerra com a Rússia, caiu 6,4% no ano passado. No mesmo período, a Venezuela, afundada numa profunda crise econômica acentuada pela queda no preço do barril de petróleo, apresentou retração de 4,5%.

“O cenário de recessão, definitivamente, está confirmado com o resultado do acumulado de 2015 e, muito provavelmente, também ocorrerá em 2016”, diz em nota Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. A estimativa é de queda de 2,9% do PIB em 2016. Para 2017, vê um “provável crescimento, mesmo que medíocre”.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Caso as estimativas da agência para o próximo ano se confirmem, será o biênio com o pior desempenho econômico do Brasil em 85 anos. “A última vez que o Brasil teve queda do PIB por dois anos consecutivos foi em 1930 (-2,1%) e 1931 (-3,3%) refletindo, em parte, o crash da bolsa de Nova York em 1929 e o ambiente político nacional conturbado com o fim da oligarquia paulista devido a revolução de 1930”, destaca.

De acordo com o ranking, as economias com melhor desempenho no ano passado foram a Índia (7,2%), China (6,9%), Filipinas (6,4%), Malásia (5,4%) e Indonésia (4,7%). Os Estados Unidos aparecem na 16ª posição, com alta de 2,4%.

Na outra ponta do ranking, além da Ucrânia, Venezuela e Brasil, aparecem a Grécia (0,5%) e o Japão (0,6%). A lista considera países que publicaram os seus resultados até o momento.

Continua depois da publicidade

Leia também:

Carteira InfoMoney tem 4 novas ações para março; confira

André Moraes diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa